HOJE É DIA DE SER FELIZ
Foi num domingo de manhã. Naquela época ainda havia os trens de passageiro. Cheguei à estação bem cedo. Comprei o bilhete e fiquei observando as pessoas andando de um lado para o outro, algumas felizes,outras preocupadas e algumas até com expressão triste no rosto.
O trem chegou. Pessoas apressadas tomaram seus lugares nos vagões. Sentei-me ao lado da janela, instantes depois uma senhorinha sentou-se ao meu lado e logo depois “puxou” conversa.Falou sobre o tempo,sobre a falta de chuva.Sobre doenças do pulmão causadas pelo ar muito seco...Perguntou-me se eu era casada.Disse que não e fiz a mesma pergunta para ela,ao que ela respondeu:
-Não sou. O homem que amei se casou com outra. Nunca mais fui capaz de amar, porém agora que estou velha, sinto que deveria ter me casado, mesmo que fosse um casamento sem que eu amasse , poderia gostar muito e respeitar ele. Isso bastaria...
-Bastaria?
-Sim. Não casei me tornei um peso na vida de meus irmãos e parentes. Então eles me colocaram em um asilo que chamam de “Clinica de repouso”. A solidão é muito triste. Quando conversam com a gente é apenas para fazer perguntas por educação. Falta carinho. Queria ter alguém com quem conversar todos os dias, alguém com quem dividir os problemas, ou até mesmo alguém com quem reclamar da vida. Alguém para envelhecer juntos.Rir de cada lembrança.Alguém com quem ter lembranças...
--E o casamento seria a solução?
-Sim. O casamento é um “mal necessário”. É permanecer com alguém por "precisar" ter alguém ao seu lado, e isso me faria feliz, não importava com quem fosse...
-E hoje, para onde a Senhora está indo?
-Vou para a casa de uma irmã minha. É aniversário de um neto dela. Hoje é um dia que nem terei tempo de ser infeliz.Hoje é dia de ser feliz.
O trem para e a senhorinha desce. Várias crianças correm à seu encontro.Ela se abaixa para dar e receber abraços...olha em direção à janela do trem,sorri para mim e vejo que ela enxuga uma lágrima.
“Casamento é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica é a coabitação, embora possa ser visto por muitos como um contrato.1 Na legislação portuguesa, o casamento é, efectivamente, definido como um contrato.
As pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente fazem-no para dar visibilidade à sua relação afetiva, para buscar estabilidade econômica e social, para formar família, procriar e educar seus filhos, legitimar o relacionamento sexual ou para obter direitos como nacionalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casamento..."