Cheiro de Mamãe Bebê

Em um desses dias chatos que até o mosquito tira folga, fui surpreendida por uma jovem peregrina de ideias; a princípio ela disse que a história tratava-se de um amor com final tristonho, pensei: deve ser mais um daqueles casos de traição. A curiosidade me tomou no início na narrativa, toda empolgada ela contava sua vida durante o ano escolar, disse ser do tipo certinha e ter muitas amigas, e uma delas a apresentou um garoto recém-chegado na cidade pequena que morava, contou que ele era o estilo “minha vida não tem dono”, o cigarro para ele era como barracas do beijo em períodos de TPM. A essa altura já estava para pedir o fim da história, foi quando começou o ponto crucial. Disse ter saído com ele, como sou bem realista essas foram as suas palavras: “Lembro-me que ele cheirava à mamãe bebê devido ao irmão, não falamos uma só palavra pelo que parecia ser uma eternidade.” confesso que ao ouvir isso não segurei a piada; bom ele deve ter usado bastante talco nesse dia para retirar o que chamo de “fumaça de macumba”. Como os confins daquela relação era triste, ela culpou as brigas e não dispensou o ciúme constante, o que ocasionou o término, despedindo cada um para seu canto. Sim, foi uma conversa interessante, poderia aconselhar-lá a procura-ló e resolver esta questão, mas lembrando de seus argumentos metódicos resolvi deixar o silêncio resolver o caso, mas se fosse ajuda-lá diria para procurar um ao menos com cheiro de Pepsi ou Coca-Cola.

Teresina, 19.08.16

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 19/08/2016
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T5733817
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