PASSOS DO COTIDIANO IV. RUAS E LEMBRANÇAS... 9h33min.

Ontem, saímos pela manhã a serviço. O roteiro é o habitual de alguns anos, é evidente que há “mudanças”, nas ruas, quase sempre para melhor. O percurso não demora muito perto de meia hora, pois são apenas de quinze km.* Em nossa primeira parada de trabalho, temos que deixar o carro em estacionamento, pois não se encontra vaga nas ruas.

Quanto às ruas que usamos, merecem algum comentário; a Engenheiros Rebouças, foi totalmente remodelada, os sinaleiros são sincronizados, quando o transito flui normal, se pega a “onda verde”, que facilita a locomoção dos veículos. Quanto ao sobrenome Rebouças é em homenagem aos engenheiros negros, os irmãos André e Antonio, que construíram a famosa ferrovia ligando a nossa capital, ao nosso litoral, isto nos idos anos de 1885; atravessando a Serra do Mar, com viadutos e pontes, que continua causando admiração, aos turistas, período áureo de nossa saudosa monarquia, que chegou a construir 15000km de ferrovias....

Antes de chegarmos ao nosso primeiro ponto de trabalho, vindo pela Alferes Poli, - uma quadra a frente foi nosso local de trabalho durante 20 anos. - entramos a nossa esquerda é a mais que centenária Av. Iguaçu, totalmente remodelada; em ambos os lados até os idos anos 50, havia os trilhos, com os bondes, no começo por tração animal, depois elétricos, a partir de 1913, quanto à pavimentação era de paralelipides, pedras muito usadas no início do século XX, havia uma mão de obra especializada, pois as pedras eram colocadas de tal forma, de modo uniforme, deixando uma superfície plana, apenas com o inconveniente de serem escorregadias em dias chuvas...

Recordamos-nos que nos idos tempos de nossa juventude, trabalhamos por poucos meses numa empresa produzia e vendia móveis, havia alguns clientes que “esqueciam” de pagar a prestação, nossa missão era “lembrá-los”; vínhamos voltando à tarde por esta rua, chovia, quando nossa bicicleta deslizou por um dos trilhos do bonde, caímos e quase fomos atropelados por um veículo, felizmente não houve nada de mais grave, com muitas dificuldades, - pelos danos da bicicleta - chegamos em casa já era noite e acabamos perdendo a prova do colégio...

Quanto as médicos da clinica que visitamos, houve mudanças, um aposentou-se - médico homeopata. - e outro, cardiologia, passou para o lado de “lá”, quanto completara 80 anos...

Demos seqüência a nossa tarefa daquela manhã, na divulgação das “Gotinhas da Saúde”, quando vimos já era hora de retornar, por várias ruas, cuja maioria os faróis estão sincronizados com os sinais da “onda verde”, que muito facilita a quem dirige; quando estávamos quase chegando em casa, começou a chover; mas agora com o portão eletrônico, é bem mais fácil entrar ou sair... 10h30min.

*Não podemos deixar de fazer algumas conjecturas: o percurso de 15 km. - nosso caso demorou meia hora - Em “marcha de soldado”, passos rápidos 6 km a hora, este percurso seria feito em 2horas e meia; imaginamos então, quando o exercito brasileiro saiu do Rio de Janeiro, para a guerra do Paraguai, cuja distância seria de aproximadamente de 1500 km... Esta incrível odisséia deve ter demorados vários meses...

Curitiba, 19 de agosto de 2016 - Reflexões do Cotidiano – Saul http://mensagensdiversificas.zip.net

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 19/08/2016
Reeditado em 19/08/2016
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