PARA BAIXO BRASIL!

Para baixo Brasil!

Eu já suspeitava, mas agora tenho certeza, de que a Olimpíada é um circo meia boca montado em um terreno absolutamente político, para que a corrupção role solta antes e durante as piruetas no picadeiro. Depois é cada um para o seu jatinho e quem ficar por último que apague a luz, porque a conta é nossa.

O melhor da Olimpíada é a abertura e o encerramento. O show ilusionista da pirotecnia tecnológica faz mais sucesso do que as peseudas celebridades que se dizem atletas. Sinceramente, não consigo fazer uma leitura minimamente isenta de que esse evento não está me enganando. Seja nas contas, ou nas arenas.

Não enxergo as competições como enxerguei um dia, como 1984 em Los Angeles, por exemplo. Não sei se é o excesso de holofotes em cima dos mesmos, a massificação midiática, as tatuagens, a incompetência, o governo provisório, ou o estrelismo mesmo. Alguma coisa não encaixa no contexto e os jogos, para mim, são insignificantes para o processo de educação esportiva, que seria o grande legado.

É triste, para não dizer humilhante, o país sediar uma competição desse porte sem ter atletas para disputar em condições de vitória. Deixasse para Atenas que tem mais tradição; para Chicago que tem mais medalhas; para Tóquio que valoriza os esportes, ou para Madri que tem mais...mais....espanhóis?!

Os poucos atletas brasileiros que sobem ao pódio prestam continência, porque pertencem ao quadro das forças armadas, um terço dos que disputam a Olimpíada são militares como Zanetti e Rafaela do judô, que conseguem com que alguns mais emotivos derramem lágrimas por uma suposta superação.

Os estádios, como foi na copa do mundo, é branco e ‘cheiroso’. São os baladeiros de sempre cantando a insuportável e única música que sabem cantar em competições onde o Brasil tem algum representante preparado para a derrota.

E tem gente que não sai da frente da televisão...

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 17/08/2016
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