Custo zero
Uma das carreiras mais cobiçadas, sem dúvida, é a política. Além das inúmeras possibilidades de desvio do dinheiro público, prática comum a muitos deles, o custo de vida do político é praticamente zero.
O senador, por exemplo, tem uma linha institucional de telefone celular, com utilização ilimitada, financiada pelo Senado, isto é, pelo dinheiro do povo. Além disso, tem o direito de ser ressarcido pelo Estado com os gastos da sua linha particular.
O Senador Tião Vianna, antes de ser governador, emprestou seu celular à filha cuja conta, numa viagem ao México, chegou a cerca de R$ 14 mil. Surpreendentemente foi questionado e teve que devolver a quantia, o que não deve ser prática habitual entre eles. Nem da parte dos que devem e nem dos que cobram.
Enquanto isso, ficamos torcendo para que não interrompam o serviço do WhatsApp, pra que seja menor a nossa conta, e para que não aumentem muito o IPVA, IPTU, as contas de luz e gás, os pedágios, as multas de trânsito, as passagens de avião, de trem, de ônibus, o aluguel, para quem não tem imóvel próprio, etc. - contas que não precisam ser arcadas por senadores e deputados, pelo menos. Sem falar na verba de representação de que dispõem para aquisição de roupas, gêneros alimentícios, remédios e outros itens.
Nessas condições, quem não quer ser político?
Rio, 16/08/2016