TRAGÉDIA NA AVIAÇÃO BRASILEIRA

TRAGÉDIA NA AVIAÇÃO BRASILEIRA

“Anota, em torno de ti mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz, esperanças e consolo”. (Chico Xavier).

Acontecimento trágico e frustrante aconteceu de forma brusca e inesperada com o avião da TAM (Transportes Aéreos Marília) no aeroporto de Congonhas com 176 passageiros a bordo. Ao aterrissar a aeronave não conseguiu frenar indo se chocar de maneira violenta contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, explodindo logo após o choque, causando a morte de toda tripulação e passageiros (186 pessoas), bem como, de outras que se encontravam no prédio e nas imediações do acidente. A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre às 17h16 e pousou em São Paulo às 18h51 de terça-feira (17 de julho de 2007). Percorreu toda a pista, virou à esquerda e atravessou uma avenida antes de bater no prédio, onde a empresa mantinha um depósito. O acidente é o maior da aviação no país. Saliente-se que a pista principal foi interditada por 45 dias para reforma e se manteve fechada para pousos e decolagens. Sendo usada à pista auxiliar para pousos de todas as aeronaves. Um trabalho estafante do Corpo de Bombeiros Militares, Infraero e de voluntários culminou com a retirada da maioria dos corpos, alguns mutilados e outros carbonizados. Muitas versões surgem, mas a causa principal do acidente só será divulgada como resultado da perícia das caixas pretas que foram enviadas aos Estados Unidos da América do Norte. Alguns especialistas dão suas versões sobre o acidente fatal, tais como: “Pista escorregadia, pouca visibilidade, peças danificadas e falta de freio na hora da aterrissagem”. Foram gastos na reforma R$ 19 milhões para correção de declives, complementação da área de manobras, nas alças de interligação das pistas principais e auxiliar, e a substituição de camadas desgastadas de asfaltos.

Os acidentes na TAM tornaram-se rotineiros, visto que, o ex-presidente da TAM, comandante Rolim Adolfo Amaro, 58, morreu em julho de 2001 após a queda de um helicóptero que pilotava em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Patrícia dos Santos Silva, 30, gerente da TAM que o acompanhava, também morreu no acidente. O Fokker 100, que fazia o vôo 3499, saiu de Salvador às 8h40 com previsão de pouso às 11h no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Após apresentar problemas, a aeronave fez um pouso forçado, de barriga, em Viracopos. Não há, até o momento, informações de feridos, o próximo vôo previsto é o 5367 da-Rio-Sul, que sai de Curitiba em direção ao Rio, com escala em Campinas, previsto para pousar às 14h15 em Viracopos. Nesse dia foram cancelados cinco vôos. Um dos piores acidentes aéreos registrados no Brasil ocorreu com um Fokker 100 da TAM, em 31 de outubro de 1996. O avião caiu sobre casas a menos de dois quilômetros do aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, e 99 pessoas morreram. Outro Fokker 100 fez um pouso de emergência em abril deste ano no mesmo aeroporto. O avião saiu do Rio com destino a Porto Alegre (RS), mas teve de retornar logo depois da decolagem, por causa de uma porta que se abriu no ar. Ninguém ficou ferido. Outro incidente com um Fokker 100, que fazia o vôo entre São Paulo e Porto Alegre, ocorreu em dezembro de 2001. A aeronave saiu da pista após aterrissar no aeroporto de Caxias do Sul (RS). Segundo a empresa, o problema ocorreu após o piloto ter freado o avião no final da pista. Não houve feridos. Dez dias depois do acidente em Porto Alegre, um novo susto para os 28 passageiros de um vôo, que ia de São Paulo para Vitória.

O piloto teve de fazer uma aterrissagem de emergência no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, por causa de problemas com os pneus. Ninguém ficou ferido. Outro avião derrapou ao aterrissar na pista do aeroporto Santos Dumont, no Rio, em novembro de 99. Com a derrapagem, a aeronave parou a cerca de 100 metros da baía de Guanabara. O acidente não teve feridos. Após derrapar na pista, o avião foi parar no gramado. Pelo menos outros sete incidentes envolvendo o modelo Fokker 100 ocorreram desde 1991. Em fevereiro deste ano, o superaquecimento no sistema de freios provocou pânico entre os passageiros de um avião que saiu de Recife com destino a São Paulo, com escala no Rio de Janeiro. Na hora do acidente, a aeronave estava taxiando no aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador. Ninguém ficou ferido. Em setembro de 2001, Marlene Aparecida Sebastião dos Santos, 48, morreu e três passageiros ficaram feridos após uma peça da turbina de um Fokker 100 se soltar e quebrar a janela do avião. O vôo saiu de Recife (PE) com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e escala em Campinas (95 km de SP). Após o acidente, a aeronave fez um pouso de emergência em Belo Horizonte. Em outubro de 99, o professor Leonardo Teodoro de Castro foi responsabilizado pela Polícia Federal pela explosão de um Fokker 100, que fazia a rota São José dos Campos e São Paulo. A explosão a bordo do avião provocou um rombo em sua fuselagem, por onde o passageiro Fernando Caldeira de Moura foi expelido e morreu e outros sete passageiros ficaram feridos. Ele era um dos 55 passageiros do vôo 283, que fez um pouso de emergência em São Paulo. Como denotam os senhores o Folker 100, já deveria ter se aposentado e não ter sido mais usado em viagens longas pelo Brasil, e pelas estatísticas dos acidentes anteriores uma possível falha pode ter causado o maior acidente aviatório do Brasil. Se houve manutenção na aeronave como afirmam o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna e seu vice-presidente técnico da empresa, Ruy Amparo, no defeito do reversor da turbina direita da nave acidentada, e outros consertos de praxe. Pelo que foi exposto acima e que causaram vários acidentes dá-se a impressão de que as vistorias são falhas. O piloto do Fokker 100 da TAM que fez pouso forçado em Birigui em 30/08/2002 (a 518 km de São Paulo), identificado inicialmente como Madeira, disse à polícia que um vazamento de combustível foi à causa do incidente. “A crise financeira da aviação impede a TAM de substituir as 50 aeronaves do modelo Fokker 100 de sua frota, avalia a analista da corretora Coinvalores, Tatiane Pereira, que acompanha o setor. O Fokker 100 esteve envolvido em vários acidentes da aviação brasileira. Hoje dois aviões da TAM deste tipo fizeram pousos forçados em São Paulo-um em Birigui e outro no aeroporto de Viracopos, em Campinas. “A alta do dólar elevou a dívida da TAM”. Com novos acidentes envolvendo o Fokker, a tendência é a redução da receita da companhia com a queda nas vendas de passagens. Há o efeito psicológico nos passageiros. Muita gente vai migrar para outras companhias", diz a analista. E, 2001, a TAM - registrou um prejuízo de R$ 56,431 milhões. A companhia ainda não divulgou o resultado do primeiro semestre deste ano, apesar de o prazo para o envio do balanço ter se esgotado no último dia 15. (www.folha.com.br).

Não quero nem desejo acusar ninguém, nem fazer pré-julgamento sobre o lamentável acidente aviatório acontecido em São Paulo com o Fokker 100, da TAM, que comoveu o País. Desejamos que seja feita justiça e não tirem proveito da ausência da tripulação, pois normalmente a culpa é atribuída a esses profissionais, quando eles perdem a vida e não podem defender-se. Pelas nuanças incrustadas - nas entrelinhas diversos acidentes envolvendo a companhia de aviação, inclusive o proprietário da aludida também faleceu em conseqüência de acidente de aviação. Desde 2001, a empresa de aviação passa por graves problemas, inclusive monetário, e para que se faça justiça - jamais poderemos aceitar as ponderações do presidente Lula, que acusa veementemente os controladores de vôo. Sabemos pelas informações da mídia que a TAM passava por problemas financeiros graves e para não ter mais prejuízos é possível que tivessem interesse de colocar suas aeronaves para voar custe o que custar. Não podemos também afirmar ser irresponsabilidade, pois não temos autoridade para isso, mas os acontecimentos anteriores nos fazem pensar assim, inclusive já existe sites na internet apelidando a TAM de: “transporte que Atrasa Muito; TAM ao contrário é MAT”. Não se deve brincar ou gozar com a desgraça e o sofrimento alheio, somente a Ministra Marta Suplicy tem o direito de dizer: ”Relaxe e goze”. Encerramos aqui enviando votos de pesar as famílias enlutadas e que o governo não deixe de cumprir com suas obrigações, pois jamais as perdas serão esquecidas e não existe indenização que venha amenizar brutal sofrimento. Que Deus dê a consolação devida aos familiares das vítimas desse monstruoso acidente, e que os culpados sejam punidos exemplarmente.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 20/07/2007
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