TRIBUTO AO MEU PAI
Hoje, “Dia dos Pais”, quero render homenagem ao meu falecido pai, Constantino Rêgo, o qual viajou para os planos superiores em 1986, há exatos trinta anos, partindo ao encontro da minha mãe Flaviana, que viajara dois anos antes, em 1984, portanto.
Meu pai foi meu maior exemplo de vida, como homem, pai de família e profissional exemplar no cumprimento dos seus deveres. Sendo eu o mais velho de dez irmãos, espelhei-me na sua conduta, tanto profissional como pessoal, transmitindo as lições que dele recebi aos meus três filhos, Cássio, Ana Claudia e Daniel, os quais já me deram cinco netos, Igor, Isabela, Victor, Guilherme e Tomás.
Chefe do Almoxarifado da grande indústria de tecidos, a Companhia Renascença Industrial, em Belo Horizonte, Minas Gerais, meu velho pai tinha duas paixões à parte, a música e o futebol. Como músico, tocava clarineta e saxofone, integrando a grande Orquestra do Brini, de Belô, animando bailes nos clubes famosos da cidade e até do interior do estado.
A fama dessa orquestra era tanta que viajaram ao Rio de Janeiro, para algumas apresentações, inclusive no Palácio do Catete, numa exibição especial para o Presidente Getulio Vargas, no ano de 1950.
Como futebolista, o Velho Rêgo era atacante, jogando tanto na ponta direita, como ponta esquerda, pois chutava violentamente tanto de canhota como de perna direita. Os goleiros tinham pavor dos seus chutes. No velho Cedro, minha terra natal, o Zé Pimenta, dirigente do time local, contava que meu pai desferiu um petardo durante um jogo, a bola furou as redes, bateu num pé de goiaba carregadinho detrás de gol e não ficou nem um fruto no pé. O pior, dizia o Zé Pimenta, foi que dali por diante a goiabeira passou a dar jaca! ...
Fica aqui, pois, o meu preito de saudade ao senhor, meu pai, por tudo o que me ensinou e aos meus irmãos, rogando ao Senhor Deus Todo Poderoso que o tenha entre os justos, hoje, agora e sempre!...
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B.Hte., 14/08/16