HERANÇAS – pais & filhos
Pai...
Tantas memórias...
Fomos ao circo e para “picar o caminho”, dizia-se assim, passamos por aquele atalho – hoje uma importante rua que conecta vários bairros. O córrego coaxava – era palco de toda sorte de anfíbio. O cenário era inusitado aos olhos do menino de sete anos – primeira vez que saia caminhando com o pai e o irmão mais novo à noite. Luzes espaçadas aqui e ali faiscavam. Tudo era novidade, atravessar aquele brejo, uma aventura.
Era bem mais uma ida ao circo. Eram momentos de conversas – transmissão de ensinamentos: memórias de família contadas por gerações e valores sociais inculcados naqueles meninos: eu e meu irmão.
Na tenda de apresentações, espetáculos: humanos e animais, aberrações e divertimento, o leão e a moça da corda bamba.
Sono? Nada, a excitação do circo pusera a sonolência dormir em outros corpos. Havia de se voltar a pé e comentários a fazer: o palhaço esguichou água, os malabaristas – malabarismo era a língua de o garoto pronunciar esta palavra que conseguia só silabicamente: ma.la.ba.ris.tas – jogaram pratos, bolas e pinos e isto e aquilo mais.
O passeio noturno ficou na memória do garoto que quando sente saudades requisita lembranças. E o pai está ali. E o irmão está ali. E o passeio está ali. E o circo traz os mesmos espetáculos vividos.
O menino virou pai.
Passeia pelas memórias que o faz pai: os passeios de bicicleta com o filho; a espera pela condução escolar na porta do prédio; as primeiras braçadas na piscina... Estas coisas entre Pais e Filhos.
Ah, quase o esquecimento debita do banco de memória as horas de estudo juntos: a tabuada decorada, as fichas de estudo na ponta da língua, as correções das redações, as poesias recitadas... Não, não podiam faltar as poesias por que era bem mais que ensinar o filho a ser macho: era questão de o filho aprender a ser humano!
Feliz dia dos pais – aos pais guardados na memória, aos pais em carne e osso e aos meninos que serão pais - herança de geração a geração.
Pai...
Tantas memórias...
Fomos ao circo e para “picar o caminho”, dizia-se assim, passamos por aquele atalho – hoje uma importante rua que conecta vários bairros. O córrego coaxava – era palco de toda sorte de anfíbio. O cenário era inusitado aos olhos do menino de sete anos – primeira vez que saia caminhando com o pai e o irmão mais novo à noite. Luzes espaçadas aqui e ali faiscavam. Tudo era novidade, atravessar aquele brejo, uma aventura.
Era bem mais uma ida ao circo. Eram momentos de conversas – transmissão de ensinamentos: memórias de família contadas por gerações e valores sociais inculcados naqueles meninos: eu e meu irmão.
Na tenda de apresentações, espetáculos: humanos e animais, aberrações e divertimento, o leão e a moça da corda bamba.
Sono? Nada, a excitação do circo pusera a sonolência dormir em outros corpos. Havia de se voltar a pé e comentários a fazer: o palhaço esguichou água, os malabaristas – malabarismo era a língua de o garoto pronunciar esta palavra que conseguia só silabicamente: ma.la.ba.ris.tas – jogaram pratos, bolas e pinos e isto e aquilo mais.
O passeio noturno ficou na memória do garoto que quando sente saudades requisita lembranças. E o pai está ali. E o irmão está ali. E o passeio está ali. E o circo traz os mesmos espetáculos vividos.
O menino virou pai.
Passeia pelas memórias que o faz pai: os passeios de bicicleta com o filho; a espera pela condução escolar na porta do prédio; as primeiras braçadas na piscina... Estas coisas entre Pais e Filhos.
Ah, quase o esquecimento debita do banco de memória as horas de estudo juntos: a tabuada decorada, as fichas de estudo na ponta da língua, as correções das redações, as poesias recitadas... Não, não podiam faltar as poesias por que era bem mais que ensinar o filho a ser macho: era questão de o filho aprender a ser humano!
Feliz dia dos pais – aos pais guardados na memória, aos pais em carne e osso e aos meninos que serão pais - herança de geração a geração.
Leonardo Lisbôa,
12/08/2016
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conversandocomoautor@gmail.com