e deixe em paz os passarinhos ...

Enquanto eu sou metade café quente e metade peito urgente, você brada não saber viver sem mim. Sabe sim. Respondo empoderando sua capacidade de amar bonito. Grito: Eu também sou metade luta, esperança e fé. Violentamente confrontando minha metade desânimo. E disso você precisa saber. Não quero ter a responsabilidade de ser ar de alguém. Amor que amordaça refaz minha metade sem graça. Nem pai, nem mãe, nem amigo. É desse jeito que você vem comigo. Você sabe viver sem mim, por isso eu te amo jasmim.

Me dá um sorriso flor azul e metade retribui absoluta, outra metade “‘muda’”.

Você ainda precisa aprender a fazer café e eu a não usar a fé em pó solúvel. Um pedaço de mim quer abraçar o mundo e parte outra quer cafuné. Desistir é tão mais fácil quando a esperança é pequena. Que pena! Tem um pouco em mim que faz questão de esmurrar as facas, e outro que faz questão de me exibir o sangue.

A verdade é que a gente sempre diz que vai voltar mas isso é lá coisa que se prometa? A gente só pode garantir que quer. Não hei de quebrar o espelho agora pois tenho muito a aprender com os caminhos do teu rosto. Me perdoe se nem sempre te amo com o mesmo amor. Por acaso gratidão lhe atormenta? Eu tenho uma metade chocolate, e outra pimenta.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 11/08/2016
Código do texto: T5725601
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