E La Nave Va

Amanheci de ovo virado, chateado, jururu, de saco cheio com noticiário e patriotadas. Além dos achaques da idade, ainda há esse chove nao molha e esse excesso de patriotismo em compotas.

Vamos ser sinceros: todo esse frisson em torno do poder, toda essa ambição desmedida, toda essa sangria desatada por mais riqueza, poder e projeção, tudo isso, na verdade, é uma besteira abissal. Sabem por quê? Portque nao é eterno e caixão não tem bolso. E a vaidade não serve absolutamente para nada.

Tem mais: ganhe quem ganhar, suba quem subir (podem até amarrar um foguete no fiofó e tocar fogo), governe quem governe, enfim, ennrique quem enricar, tudo vai cair, ruir, se espatiifar, tudo é fugaz e vira pó.

O que para o homem é uma etrnidade, para o universo não significa nada. Para ele inexiste tempo e espaço. O mundo pode acabar? Pode e vai acabar, o homem vai deletá-lo, mas ele renascerá tipo Fênix, outras espécies evoluirão, a vida voltará, como um moto perpétuo.Por mais que o homem se agarre ao que é material e se deslumbre com o poder e a riqueza, de repente, poke!, ele morre e tchau. Morre, não raro, sem ter vivido. É mais pobre do que um vira-lata.A vida tem prazo de validade, contagem regressiva, a finitude é um fato. No final o poder, a riqueza e a vqaidade vão tudo para o beleléu.De que vale, portanto, a ambição?

E La Nave Va. Quando o sujeito bate a caçoleta não leva medalhas, jóias, dinheir, fama e nem poder. Vai sozinho, sem mais nada porque ja não tem vida. A esperança é possuir alma. Por fim, é bom saber que às vezes os parentes ou mais tarde os bandidos arrancam até os dentes de ouro. Juro. Inté.