O JOGO DAS CONSEQUÊNCIAS

Gostaria de lembrar as pessoas que normalmente vivem a reclamar da vida, da sua vida, maldizendo a sorte, choramingando a falta de “ajuda/apoio” de outrem ou simplesmente levando a vida sentadas no muro das lamentações, que devem – ajuizadamente - rever seus conceitos e suas posições.

Lembrar que devem assumir suas atitudes (ou falta delas), interrompendo esses pobres hábitos de abdicar das suas responsabilidades, debitando todo malogro das suas vidas nas costas do imponderável, como se tudo ocorresse inconsequentemente, por conta do acaso, das estrelas, da conjugação das forças do universo.

Os estudos do comportamento humano e mesmo a aprendizagem que acumulamos no decorrer da vida, mostram-nos que noventa e cinco por centro do que nos acontece, é - definitivamente – consequência dos nossos atos ou das nossas omissões.

Apenas cinco por cento fica por conta do imponderável, do acaso. Então, se tais pessoas se responsabilizarem pelas suas atitudes e considerarem que para toda ação ocorre uma reação, certamente que deixariam de ter motivos para pararem de reclamar da vida e teriam mais sucesso, sem tantos motivos para choramingar. Se as ações forem assertivas, as consequências serão positivas e o inverso é tão verdadeiro quanto dois e dois são quatro.

Já em idos tempos, lá na minha tenra idade, eu brincava de filosofar e dizia que a vida é mais ou menos como o futebol, uma “sequência de consequências”. Sim, quase tudo em nossa vida, em nosso dia-a-dia, é consequência das nossas atitudes, dos nossos atos ou da nossa inércia, da nossa falta de ação, de atitude.

Lembro tão nitidamente, tão vivamente, com todas as cores, circunstâncias e aromas, quando ouvi uma frase sobre a sorte, dita por um senhor pensador e hiper ativo. Dizia ele que quanto mais ele trabalhava, mais sorte tinha. E as coisas são exatamente assim. A vida, pois, é um acúmulo de consequências das nossas ações.

Aos pedintes de iniciativas alheias, gostaria de dizer que a melhor forma de justificar a preguiça, a falta de iniciativa, de ação, de atitude, é acreditar que o destino de cada um foi previamente traçado, escrito nas linhas do universo. Esse é um conceito filosófico que só atende a quem gosta do sossego das sombras das árvores plantadas pelos vizinhos e regadas por bicas de águas frescas e intermináveis.

Aos que vivem a procrastinação abrangente e interminável, na eterna dúvida de se decidir pela Cruz ou pela Espada, quero dizer que prefiro a ação da espada, que a inércia da cruz. Não fico entre a cruz e a espada jamais, nem a procurar, eternamente, um gato preto numa sala escura. Antes acendo a luz.

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 08/08/2016
Reeditado em 17/07/2024
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