Resgate, reabilitação, retorno
Resgate, reabilitação, retorno são os três Rs apresentados na metade final do filme Procurando Dory.
Os peixes doentes são resgatados do oceano e levados para um grande centro de reabilitação até que possam regressar, quando estiverem realmente em boas condições de saúde.
Fiquei pensando no quanto muitos de nós estamos sangrando nesse oceano selvagem e perigoso das grandes cidades e disputas mesquinhas no trabalho. Ou quantas vezes sentimo-nos tão cansados de nadar contra a corrente pesada que tenta nos arrastar. Tantos ocultam seus medos e fobias, neuras e agonias. Quantos e quantos estão sozinhos porque parece que “amigos” e até familiares começaram a, convenientemente, sofrerem de perda de memória recente, não aparecendo, não telefonando, não estabelecendo contato.
E aí, já se debatendo nas águas turvas e sem oxigênio, quantos clamam por resgate? E nem estou me referindo à esfera espiritual. Uns podem estar com problemas de saúde sem receber cuidados ou sem ter com quem contar; outros, precisando desabafar e tirar os nós sufocantes da garganta, as dúvidas e os medos, paralisantes. Alguns talvez precisem de dinheiro, comida, relacionamentos temperados com afeto ou aprender a perdoar desafetos.
A imensidão e a profundidade dos mares guardam tantos naufrágios! Tantas necessidades de resgate!
É preciso um tempo de cura. E um lugar de reabilitação para que se volte a ter fé no outro, na vida, empatia, honestidade, justiça, lealdade, serviço abnegado, amizade verdadeira – ainda que esta última soe um pouco pleonástico.
Mas, afinal de contas, quem são mesmo os doentes que precisam desse processo? Não seriam aqueles que fazem adoecer a outros? Seria bom que todo o mar passasse por uma reabilitação. Águas turvas precisam voltar a ser cristalinas, a ideia de escassez precisa se transformar em abundância e partilha. E os tsunamis não podem mais arrastar e levar para o mar o que a ele não pertence originalmente.
Só então valerá a pena o retorno.
Os peixes doentes são resgatados do oceano e levados para um grande centro de reabilitação até que possam regressar, quando estiverem realmente em boas condições de saúde.
Fiquei pensando no quanto muitos de nós estamos sangrando nesse oceano selvagem e perigoso das grandes cidades e disputas mesquinhas no trabalho. Ou quantas vezes sentimo-nos tão cansados de nadar contra a corrente pesada que tenta nos arrastar. Tantos ocultam seus medos e fobias, neuras e agonias. Quantos e quantos estão sozinhos porque parece que “amigos” e até familiares começaram a, convenientemente, sofrerem de perda de memória recente, não aparecendo, não telefonando, não estabelecendo contato.
E aí, já se debatendo nas águas turvas e sem oxigênio, quantos clamam por resgate? E nem estou me referindo à esfera espiritual. Uns podem estar com problemas de saúde sem receber cuidados ou sem ter com quem contar; outros, precisando desabafar e tirar os nós sufocantes da garganta, as dúvidas e os medos, paralisantes. Alguns talvez precisem de dinheiro, comida, relacionamentos temperados com afeto ou aprender a perdoar desafetos.
A imensidão e a profundidade dos mares guardam tantos naufrágios! Tantas necessidades de resgate!
É preciso um tempo de cura. E um lugar de reabilitação para que se volte a ter fé no outro, na vida, empatia, honestidade, justiça, lealdade, serviço abnegado, amizade verdadeira – ainda que esta última soe um pouco pleonástico.
Mas, afinal de contas, quem são mesmo os doentes que precisam desse processo? Não seriam aqueles que fazem adoecer a outros? Seria bom que todo o mar passasse por uma reabilitação. Águas turvas precisam voltar a ser cristalinas, a ideia de escassez precisa se transformar em abundância e partilha. E os tsunamis não podem mais arrastar e levar para o mar o que a ele não pertence originalmente.
Só então valerá a pena o retorno.