A PALAVRA DO CRISTO.
Cristo ensinou pela palavra. Os evangelhos deram forma à sua oralidade. Quem ouve a palavra de Quem foi e disse sê-lo o Filho de Deus? A palavra que Ele não grafou, mas nos chega pela reportagem humana e remete à aliança não reconhecida pelo judaísmo, mas que prevaleceu.
A Lei de Deus do Antigo Testamento ratificada por Jesus de Nazaré, recusada a Nova Aliança que permanece com a frustração judaica minimizada pela recusa e paradoxalmente engrandecida por Paulo de Tarso, São Paulo, o maior Rabino conhecido pela história. Tornou-se conhecido e celebrizado por que? Por promover as palavras de Cristo, seus ensinamentos, o ponto crucial do antagonismo que repeliu um novo ordenador do Reino de Deus, e tornou máximo em suas Cartas, Cartas de São Paulo, onde destacada está a notável doutrina de bondade e moralidade para convívio das criaturas de Deus. Não fosse isso seria mais um rabino, e só.
Por que uma das maiores autoridades religiosas dos judeus se tornou o mais fervoroso cristão e multiplicou imensamente o cristianismo? São os enigmas, as redes de uma trama transcendente que cada um de nós vive para abrir portas, as portas de um entendimento, se não muito satisfatório, indicativo ao menos para os de pouca percepção que os princípios desse judeu revolucionário marcou os maiores estatutos da dignidade e dos direitos humanos de todos os tempos. E continua marcando.
O cristianismo revolucionário em boa vontade e amor, torna a aliança permanente, mesmo que historicamente de maneira formal-institucional repelida. Rejeitar a unidade desfaz a irmandade não professada por Deus no Decálogo, não reformada por Jesus de Nazaré, antes fortalecida essa unidade e reforçada dialeticamente pelo extraordinário e formidável judeu, que convocou Paulo. Nem Deus nem seu Filho rejeitaram a unidade e a aliança, rejeição é obra do homem.