GRANDEZA. OLIMPÍADA.
Nossa grandeza, brasileira, é mostrada na criatividade dos talentos nacionais que nos fazem respirar no meio de uma asfixia mourejante cuja permanência tentou sangrar nossas tradições e não conseguiu. Somos gigantes na oferta da tutela estatal estacionada, as individualidades suplantam o ostracismo de gestão e o patrocínio sempre anão. Subitamente um respiro no meio da multidão, insatisfeita com o que temos, esperançosa do que virá que se desenha na divisão de ontem da vaia contida e no aplauso que espera. Sem palavrões como antes, quando o resto era puro resto. Somos os gênios das fábulas, não ouvimos aplausos ou vaias, somos nós mesmos, sofridos e em permanente ressurreição. Como agora, no meio de um salvacionismo que acena para emergir do fosso político brasileiro maculado e permeado das conhecidas sombras. Nesse âmbito acena a bandeira do esporte sempre grandiosa e iluminada, que une, incendeia e contamina de amor e alegria as almas.
A diversidade do esporte pode indicar essa vontade de ser melhor que aspiramos, não a disputa que divide, mas o esforço que procura ganhar na confraternização da paz da cidadania que prescinde do ganho pessoal para somar o coletivo. Não para ganhar somente o melhor, mas para buscar a igualação que não desdenha o vencido e aproxima o vencedor.
É essa a razão humana de ser humano, ser igual nas diferenças.
Disso precisamos todos entender e compreender, que somos iguais, o que o esporte faz filosoficamente equilibrar, definindo que a disputa é congraçamento, nunca combate divisionário, e que não há possibilidade de estabelecer divisões políticas em sentido estrito quando o sentimento mundial se soma na amizade dos povos e no reconhecimento que somos irmãos.O resto é obscurantismo, que aos poucos se vence.