PALAVRAS, PALAVRAS...
Têm dias de mormaço, dias plenos de calor. Têm dias que o céu encobre, o cinzento causa dor. Dias felizes sem plenitude, porque tudo é inconstante. Dias tristes não totais, porque nada é permanente. Intercalam-se sombra e luz, mesclam-se lágrima e riso, nada é completo, nem para sempre. Atravessar a noite com o olhar no nascente, ir com cuidado para evitar sequelas. Vestir a alma de sol, sem sofreguidão, apenas sentindo e acumulando luz. Palavras, palavras...
Existem regras para o bem viver? Não sei. A cada um é dado a escolha, mas o homem por tentar as coisas absolutas, esquece, muitas vezes, que na vida é tudo relativo. Meio luz, meio escuridão; meio tristeza, meio alegria. Dosar, dosar... Será este o caminho? Não sei. Cada um é uno, indivisível e carrega uma bagagem própria. O que se faz com ela é escolha e responsabilidade de cada um. Divagações, divagações...
Giustina