FRAGMENTOS DE MITOLOGIA GRECO-ROMANA-PARTE II

Complemento ao item 3 do início deste trabalho.

A 2km da aldeia, seguindo a estrada de Arachova, município na Grécia Central, região da Beócia, alcança-se, para além do santuário de APOLO, a célebre fonte Cristália, onde a estrada faz um retorno. A fonte é reconhecível pela fachada talhada na rocha e está situada a alguns metros à esquerda da estrada, no desembocar de um desfiladeiro que separa as Fedríades. Algumas lendas vêem nesta garganta o refúgio do monstruoso PITÃO-PÍTON. O lugar deve ter sido consagrado ao culto porque foi ali descoberta parte de uma base, suporte da deusa GÊ (ou GEIA ou GAIA), a MÃE-TERRA, velhíssima divindade que profetizava em Delfos bem antes de APOLO. Os gregos só louvaram em Cristália a pureza de suas águas argênteas (prateadas), das purificações e lavagem do templo de APOLO - os poetas latinos falaram sobre a pousada favorita de APOLO e das MUSAS. A cerca de 500m de Castália, à direita, um terraço com as ruínas de um ginásio construído no século IV a.C. (depois restaurado pelos romanos) para substituir uma construção de época arcaica - ali os atletas se exercitavam antes das provas públicas do estádio e onde a juventude délfica praticava. No terraço superior, uma galeria longa, largura de 7m, coberta, apoiada no muro de sustentação, para treinamento ao abrigo do sol e da chuva, e uma pista paralela (‘paradromis’), destinada a exercícios de corrida ao ar livre. Pista do ginásio tão longa quanto a do estádio... No terraço inferior, era a ‘palestra’, dependência do ginásio para unção dos lutadores - ainda salas de repouso e um estabelecimento termal com uma piscina redonda.

FONTE:

“Delfos: a fonte Castália, o ginásio e Marmária” - Adaptado de “Grèce”, de Robert Boulanger - Paris, Hachette, 1962.

F I M