Opções da vida.
Naquela região todos possuíam o costume de continuar cuidando daquilo que era passado de pai para filho.
O apego pela terra fazia com que fosse raro quando alguém desfazia de algum rancho, por menor que fosse.
Pouco havia de lazer quando comparado a uma cidade grande, mas as festas eram muito divertidas, a comida boa e farta, apesar da pouca renda das famílias, havia o que era fundamental, amor e respeito de uns pelos outros, pois na vizinhança sempre tinha um parente para socorrer na hora de alguma dificuldade.
Todos que chegavam na idade de decidir se ficavam ou se aventuravam na cidade, até mesmo para poder prosseguir com os estudos, acabavam optando por ficar para continuar cuidando das lavouras de café e outras plantações que poderiam trazer alguma renda.
Apenas ele destoava deste desejo, pois sonhava desbravar outras terras, vislumbrava outros horizontes, queria conhecer outros lugares, aprender outras culturas. Assim após pensar, abriu mão de tudo que tinha e saiu pelo mundo.
Iniciou logo no Rio de Janeiro sua caminhada, onde conheceu muitas pessoas importantes, e destacando em todos os lugares que trabalhou com dedicação e competência, pouco demorou para ter oportunidades de
partir para outros países realizando o antigo sonho de viajar pelo mundo.
Tempo passou, dias de intensa agitação se foram,conseguindo até conseguir formar um bom patrimônio, mas o que hoje mais o incomoda, apesar de tanto êxito em toda sua vida, é uma senssação esquisita do que foi perdido em ter deixado para tráz a vida calma e feliz dos tempos de menino.
Assim ao retornar à fazenda não mais pode reencontrar o que era mais importante, as pessoas.
Entendeu que toda vez que se toma uma decisão em direção a um sonho, por um lado consegue-se ganhos, por outro tráz uma certa dor de perda da convivência com inesquecíveis pessoas...