ESPERANDO...

 
Não faz muito tempo que o povo brasileiro saiu para as ruas, fez manifestações as mais variadas, a começar pelo batimento de panelas, a exibição de faixas com frases de efeitos, às propostas de banimento imediato de alguns políticos envolvidos em atos e ações pouco recomendados para um cidadão ficha-limpa.

Enquanto a massa popular esteve nas ruas, clamando por mudanças, algumas representações populares organizadas lá estiveram também e, em alguns momentos, dividiam as classes sociais e davam o tom da toada.

Em meio a alguns rompantes de muita comoção, o povo reafirmou sua presença nas ruas e disse o que queria que fosse feito para “mudar o Brasil” e algumas promessas foram feitas nesse sentido.

Os representantes da política partidária, interessados em fazer “o processo andar”, se organizaram e votaram pela continuidade dessa luta patriótica, e se encarregaram de acelerar a votação do processo de impeachment da presidenta da república, usando para tanto, em alguns momentos, movimentos populares como massa de manobra.

O processo de impeachment foi votado na Câmara dos Deputados, em seguida direcionado para o Senado e ele tende a ser irreversível, mas o que ainda não ficou claro até agora, é se o povo retornará às ruas para agradecer aos gênios da política partidária, tudo o que foi feito em prol das boas mudanças preparadas para melhorar o nosso Brasil.

É flagrante a ação dos políticos envolvidos, os quais estão se “esforçando” para dar um suporte político partidário ao governo interino, bem diferente daquele que foi dado à presidenta enquanto ela esteve “capengando” no poder.

Percebe-se, assim, que quando há maiores interesses em jogo, o processo nunca emperra. Tudo o que se tenta mudar, funciona plenamente e o “processo” sempre tende a andar de vento em popa, chegando a transparecer que houve uma mudança da água para o vinho.

Acompanhando as notícias mais recentes acerca da performance do presidente interino, nota-se que ele está confiante e até envaidecido com o que já fez até agora, mas o que mais o preocupa no momento é o prazo de votação do impeachment pelo Senado, prevista para o fim de agosto do ano em curso.

Ele tem afirmado que o Brasil precisa sair desse impasse, pois a demora no processo dificulta a retomada econômica do país, já que os investidores esperam para saber o futuro das relações políticas.

Até lá, morre o burro e que o tange.