Uma lição de Dory
 
 
          Assisti ao filme “Procurando Dory” com meu filho e alguns coleguinhas dele. Como professora, não tem como sair incólume às mensagens do filme. Afinal, quantos modelos de Dory tenho em sala de aula?
          Mas, uma cena em específico me chamou a atenção. Em um determinado momento, Dory e o polvo que a ajudou começam a se despedir. Então, ela diz que o guardou em seu coração. Depois, ao encontrar Nemo e seu pai, ela começou a contar sobre como o polvo a ajudou.
          Considerando que, como somos lembrados o tempo todo durante o filme, ela sofre de perda de memória recente, é de se estranhar que ela lembrasse com detalhes do que havia acontecido até ali, com a ajuda do polvo.
          Aí que está a grande lição da Dory. Ela não guardou o novo amigo na memória. Ela não podia fazer isso, já que “sofre de perda de memória recente”. Ela o guardou no coração. Por isso, pôde falar dele logo que encontrou os antigos amigos. Ela não o guardou na memória. Ela o guardou em um lugar mais profundo, onde se torna impossível esquecer.
           Ela o guardou no coração. Ela realmente aprendeu de cor, de coração. E, assim, aprendeu de verdade.
          E nossos alunos? Estão aprendendo com o coração ou com a mente apenas? Estão esquecendo facilmente ou conseguem acessar com afeto o que aprendeu? Que eles possam guardar nossas aulas em seus corações.
Solimar Silva
Enviado por Solimar Silva em 29/07/2016
Reeditado em 08/05/2020
Código do texto: T5712720
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