O ENCONTRO- Primeira parte

Sophia e Roberto se casaram na igreja da cidade com uma linda festa. No jornal da cidade anunciou, com muita ênfase, o casamento da professorinha. Com nascimento do filho Rafael, muito amado e querido, a vida transcorria normalmente. Depois de cinco anos Sophia perdeu o marido numa morte prematura. Ela, com seus vencimentos e mais pequenas economias que possuía , dava para criar bem o filho e equilibrar as despesas da casa.

Até os sete anos Rafael, recebeu ótima educação religiosa, era um menino calmo e amoroso, com sua mãe e com todos que o rodeava. Logo passou a sentir falta de amor de um pai na casa, mas Sophia não pretendia se casar de novo, pois amava muito o seu falecido marido. Rafael dizia que ele era o único aluno da cidade que não tinha pai. Ela fazia de tudo para suprir essa falta com carinho, com presentes e, sobretudo com muito amor. Fazia muitas orações pedindo a Deus que guiasse o seu filho e iluminasse o seu caminho. Terminado o segundo grau, na época colegial, parou de estudar, porque a cidade não oferecia outros cursos.

Pouco tempo depois, já mocinho saía de casa e voltava tarde da noite e sem dar explicações à mãe onde e com quem esteve. A mãe tinha maus pressentimentos e continuava a rezar cada vez mais. Logo começou a beber com (amigos) em bares e estava se tornando um alcoólatra inveterado e não trabalhava.

Ficou doente seriamente e logo veio a depressão, a mãe desesperada, não sabia o que fazer. Um dia, pela manhã percebeu que seu filho tinha saído sem avisá-la, as horas foram passando e o filho não voltava. Ela percorreu alguns bares da redondeza , mas ninguém sabia informar o paradeiro de Rafael.

Sophia, desesperada olhava a rua de minuto a minuto e o filho não aparecia, cansada e meio desfalecida deitou-se no sofá e adormeceu e, logo depois Rafael apareceu todo radiante e feliz, totalmente mudado, abraçou e beijou sua mãe, com lágrimas nos olhos e, sem fala não conseguiu dizer uma palavra do que tinha acontecido. No dia seguinte levantou-se cedo , com outra fisionomia disse à mãe que ele estava mudado, pegou uma garrafa de bebida que tinha escondido na casa abriu e jogou o líquido fora, dizendo isso era a minha perdição e o meu amuleto e não preciso mais dele. Vou arrumar um emprego e vou voltar a ser gente, estava vivendo como um gentio ou idólatra, e a senhora com suas orações me fez encontrar a Deus e o bom caminho. A mãe, atônita, meio assombrada não tinha ideia do que tinha acontecido pela mudança brusca e total do filho. Para si mesma, perguntava o que teria acontecido com meu filho, que de repente, teria mudado tanto?

Continua na segunda parte

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 27/07/2016
Reeditado em 14/11/2020
Código do texto: T5711092
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