Parabéns, Sr. Presidente !

Afinal, como presidente de uma Nação, o Sr. é um exímio jogador de boliche. Custou um pouquinho de tempo, de aprendizado, de treino, mas finalmente, conseguiu fazer um sensacional “strike”, inclusive derrubando “pinos” da raia lateral ! Sem dúvida, uma façanha e tanto, para não dizer “um Golpe de Mestre”. Até a imprensa internacional ficou “imprensionada”, pois “nunca na história deste País”, um Presidente da República foi e tem sido tão cauteloso no cumprimento das suas atribuições para o bom “andamento do Jogo” !

Soube, inclusive, que a sua Ministra (minha não !) D. Marta teve aproximadamente duzentos orgasmos e quase que simultâneos, “goza”, portanto, de uma marca também inédita, necessitando “relaxar” no momento, tudo graças a tamanha força da sua “Jogada” ! Sem dúvida alguma, ela entrará para o Livro dos Recordes, assim que se recompor.

Da mesma forma que o Sr., desejo também ressaltar os “méritos” daqueles que contribuíram direta e indiretamente para o seu sucesso.

A INFRAERO, por exemplo, “derrubando” decisões judiciais que impediam o uso do seu “brinquedinho”, contrariando as vontades e “autoridades”, próprias de um “Rei bebê” ! E, a exemplo da “sua” Ministra, não há que dar satisfações a ninguém, afinal, a “platéia” tem somente o direito de assistir, sem nada comentar ou opinar, para não atrapalhar o “Jogo” !

O “seu” Ministro da Defesa (meu não, tampouco do Brasil !), dedicado, de uma lucidez ímpar, que sabe se localizar no contexto do “Jogo” e profundamente atuante, é de uma “eficiência” tão extremada, que até mesmo na inércia é capaz de “cuidar” de todo o arcabouço que “reveste o Jogo” !

Ah !... Seria deseducado, de minha parte, se deixasse de mencionar o “seu” (meu não !) Comandante da Aeronáutica, que apesar de afirmar veementemente e durante tanto tempo, a lisura na prática das “regras do Jogo”, de forma súbita e surpreendente acabou por admitir a ausência de algumas poucas e insignificantes “normas”, o que denota ser uma pessoa muito “versátil”.

Tais “normas”, injustas, desnecessárias, exageradas, sem sentido e incansavelmente proclamadas e reivindicadas por aqueles “chatos, medíocres e irresponsáveis paus-mandados” da “Casa de Espetáculos”, tão irritantes que mereceram até prisão, para desimpedir o “andamento do Jogo” !

Quero ressaltar também que, o Sr. tem melhorado rapidamente as suas habilidades “esportivas”.

Senão vejamos: em setembro de 2006, o Sr. recebeu a “Medalha de Bronze”, ao atingir a magnífica marca de “154 Pontos”, “no Jogo”.

Após dez meses, somente, a custo de um “esforço sobre-humano”, de uma “dedicação invejável”, “cumprindo com todas os desafios inerentes às suas responsabilidades” diuturnamente e sempre preocupado na melhora “do Jogo”, recebe a sua merecida “Medalha de Prata”, com o exaustivo e extraordinário “alcance de 200 Pontos”, ou mais !

É ... Sr. Presidente ! Como seu “fã incontestável”, não poderia deixar de parabenizá-lo pelas suas conquistas “neste Jogo”.

Aliás, dia desses, ao atualizar o meu dossiê pessoal, muito bem guardado, com pessoas não tão ilustres como o Sr., e, em diversos lugares bastante distintos, tive a honra de inserir no mesmo, uma agradável correspondência enviada ao Congresso Nacional. E agora, vejo que o presente texto merece ser honrado, da mesma forma, com os mesmos destinos e para as mesmas finalidades. Afinal, é uma “mania” adquirida forçosamente, pela certeza da integridade moral e ética daqueles a quem compete o “andamento do Jogo”.

E por falar em “Jogo”, sugiro, humildemente, que o Sr., já com importantíssimas medalhas conquistadas, participe do encerramento da XV edição dos Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro. Certamente o Sr. será aplaudido de pé, ovacionado longamente, sem tomar para si, eventuais vaias que um “povo antipatriota e safado” dirige para o “nosso” (seu não !) Pavilhão Nacional, numa nítida e irresponsável demonstração de “nojo” pelo País que os acolhe.

A propósito, quando o Sr. pretende receber a tão sonhada “Medalha de Ouro” ? Creio que a qualquer momento, não ?

Saudações Olímpicas,

Por Alexandre Boechat,

Em 19 de Julho de 2007.