CHORAR POR DENTRO E POR FORA.

Apanho uma de minhas netas de carro com uma moça (verdadeira fada) que ajuda minha mulher com algumas obrigações com nossas duas joias, minhas netas.

Após minhas corridas e caminhadas matinais, por vezes, dispenso carro e a fada, e pego minha neta e volto caminhando com ela. Conversas maravilhosas, as melhores de minha vida, ela tem nove anos. Ouvir seu entendimento e mostrar como entender algo. Maravilha. Excessivamente carinhosa abraça a todos que vê e vez por outra parte para abraço de algumas de suas professoras que estão saindo. Hoje foi assim, quando saiu e me deu a mão, logo me soltou e enlaçou uma moça pela cintura que retribuiu intensamente seu carinho. Ficou agarrada com a professora. Ela disse “foi bom não Giovanna?”, e ela disse, vovô, hoje convivemos e fomos visitados por um colégio de pessoas especiais. E disse a professora, “trocamos muito amor”. Fiquei em silêncio um pouco emocionado. Isto me toca profundamente, pessoas especiais. Falei sobre amor hoje tão negado, a professora me olhou com uma certa interrogação. Acrescentei que o egoísmo estava vencendo de certa forma dentro da história. Ela ficou quieta. Disse que mandaria para ela um livro que escrevi para Giovanna que aborda o maior dos amores em face do egoísmo, o amor Crístico.

Em casa, no almoço, me disse Giovanna: Vovô, um dos especiais que nos visitaram disse a mim que nunca mais iria me esquecer, e perguntei a razão e a idade dele. Ela disse que ele tinha dezoito anos e que tinha dito que não iria me esquecer por ter eu dito a ele que somos todos iguais, que ninguém é diferente um do outro.

Evidentemente chorei por dentro e por fora.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5709790
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