JOGANDO TUDO PARA O ALTO!
Penso, em certos dias, (em quase todos, na verdade), que seria bom jogar para o alto e para longe, todas as burocracias, gestos que agradam (mas não a mim), andar dentro de uma linha rigidamente traçada no chão onde piso (não traçada por mim) e ser exatamente o que penso e quero, o que gosto e desejo, enfim, viver minhas escolhas.
Certamente, há muitas pessoas que o fazem e não se sentem devedoras da vida, da sociedade (esta última, a que mais nos cobra e pouco nos devolve). A vida, sendo minha, por mais que eu faça e seja voluntariosa, um direito que me pertence por conquista, após anos vividos não escolhidos por mim, mas para a satisfação de outros, pode ser por mim vivida como escolho, desde que eu tenha cumprido compromissos sociais e os espirituais (aqueles que assumi, espontaneamente, diga-se de passagem, antes de nascer).
Hoje é um dos dias em que acordei com uma vontade louca de mudar tudo, ser diferente, ou melhor, ser eu mesma porque, diferente eu fui quando fiz o que não gostava. Contudo, uma coisa que sempre fiz e o fiz por ser parte de mim ser assim, foi doar do que tenho de melhor e ainda ter o privilégio de possuir um saldo razoável que posso dar sem me esvaziar.
Acho que nunca me esvaziarei disto, pois a fonte parece ser infinita, parte de uma personalidade de quem pensa muito no outro e não consegue ser menos (se o fizesse, eu me castraria ou me violentaria).
Não posso deixar de entender e reconhecer que ninguém obriga ninguém a dar de si o que acha que deve. Se não fizer esta doação, corro o risco de uma implosão por excesso de uma energia que preciso dividir, porém ninguém me obriga.
Quando acordo com vontade de jogar tudo para o alto, ou, usando uma expressão mais clara, "chutar o balde", é por perceber que o retorno, de um lado, é o abastecimento desta energia que se faz pela lei de causa e efeito; de outro, é sentir que esta doação pode ser reduzida a quase nada, um direito de quem a recebe, haja vista que nada pediu e, por óbvio, não tem obrigação de guardar ou retribuir.
Só uma coisa incomoda: se alguém não deseja o que lhe foi dado espontaneamente, por que pisoteia sobre o que recebeu, se esta "coisa" apenas lhe fez bem, mesmo sem ter pedido por ela? Será que as pessoas ignorariam ou desprezariam algo que veem enquanto andam pelos seus caminhos, um achado que possui brilho e valor pela sua própria natureza, conquanto não seja o mais precioso do mundo? Que me perdoem os que pensam o contrário!
Penso, em certos dias, (em quase todos, na verdade), que seria bom jogar para o alto e para longe, todas as burocracias, gestos que agradam (mas não a mim), andar dentro de uma linha rigidamente traçada no chão onde piso (não traçada por mim) e ser exatamente o que penso e quero, o que gosto e desejo, enfim, viver minhas escolhas.
Certamente, há muitas pessoas que o fazem e não se sentem devedoras da vida, da sociedade (esta última, a que mais nos cobra e pouco nos devolve). A vida, sendo minha, por mais que eu faça e seja voluntariosa, um direito que me pertence por conquista, após anos vividos não escolhidos por mim, mas para a satisfação de outros, pode ser por mim vivida como escolho, desde que eu tenha cumprido compromissos sociais e os espirituais (aqueles que assumi, espontaneamente, diga-se de passagem, antes de nascer).
Hoje é um dos dias em que acordei com uma vontade louca de mudar tudo, ser diferente, ou melhor, ser eu mesma porque, diferente eu fui quando fiz o que não gostava. Contudo, uma coisa que sempre fiz e o fiz por ser parte de mim ser assim, foi doar do que tenho de melhor e ainda ter o privilégio de possuir um saldo razoável que posso dar sem me esvaziar.
Acho que nunca me esvaziarei disto, pois a fonte parece ser infinita, parte de uma personalidade de quem pensa muito no outro e não consegue ser menos (se o fizesse, eu me castraria ou me violentaria).
Não posso deixar de entender e reconhecer que ninguém obriga ninguém a dar de si o que acha que deve. Se não fizer esta doação, corro o risco de uma implosão por excesso de uma energia que preciso dividir, porém ninguém me obriga.
Quando acordo com vontade de jogar tudo para o alto, ou, usando uma expressão mais clara, "chutar o balde", é por perceber que o retorno, de um lado, é o abastecimento desta energia que se faz pela lei de causa e efeito; de outro, é sentir que esta doação pode ser reduzida a quase nada, um direito de quem a recebe, haja vista que nada pediu e, por óbvio, não tem obrigação de guardar ou retribuir.
Só uma coisa incomoda: se alguém não deseja o que lhe foi dado espontaneamente, por que pisoteia sobre o que recebeu, se esta "coisa" apenas lhe fez bem, mesmo sem ter pedido por ela? Será que as pessoas ignorariam ou desprezariam algo que veem enquanto andam pelos seus caminhos, um achado que possui brilho e valor pela sua própria natureza, conquanto não seja o mais precioso do mundo? Que me perdoem os que pensam o contrário!
Najet Cury, Julho de 2016 (momentos de conscientização).