VERSÕES CONTRADITÓRIAS...
A grande mídia, ao se referir ao andamento do processo de Impeachment dão como difícil o retorno da Presidenta afastada, ainda que o MPF tenham desconsiderado crime o que fundamentou o pedido de afastamento, as ditas pedaladas fiscais. Blogs de esquerda, todavia, contabilizam até 30 votos contra o desfecho fatídico, quando o necessário será de 27 ( na comissão processante, Dilma teve 22 ante 55 contrários), num universo de 81 senadores, serão necessários que ao menos 54 deles votem a favor do Impeachment; assim, se os 55 votos da comissão forem mantidos, a fatura estará consumada, com a efetivação do interino Michel Temer. Numa posição incômoda, portanto, a nós que desejamos que esse GOLPE não se efetive, seja em nome da verdade do pleito livre e popular, ou por outras convicções democráticas, que, se confirmada, abrirá um precedente histórico e temível nos alicerces da nossa incipiente Democracia. A herança da destituição do Executivo lembrará aos futuros detentores do cargo a insegurança de que, a qualquer momento, e sem base jurídica consistente, o mandato poderá lhe ser solapado, não apenas ao seu detentor mas à sociedade sujeita à instabilidade institucional toda a vez que um Governante não agradar o Parlamento, ou a curvar-se a espúrias exigências. Um Golpe militar, como visto em 2002 na Venezuela, teve a opinião popular a favor do deposto, Hugo Chaves, e, mesmo com o apoio dos EUA, não perdurou por mais de três dias. Na Turquia, o malfadado tentame foi frustrado com a oposição da sociedade, e fez água, com os golpistas aprisionados. Mas aqui assistimos a algo mais sutil,um GOLPE PARLAMENTAR, uma rasteira com verniz de legalidade, o que poderá ser ainda mais nefasto porque presente e ameaçador, sempre...