DÉCIMO BATALHÃO – A CASA-MÃE
O “Décimo”, como é conhecido, está nos olhares e nas mentes de todos que passam pela entrada da cidade, na Av. Deputado Plínio Ribeiro. Abrange, com excelência, um complexo, composto por atividades que formam e reformam intrépidos e valorosos homens e mulheres para a construção diária do bem e da paz pública, no antigo Arraial das Formigas, em mais de sessenta anos. Não há quem percorra pela avenida, que não ganhe tempo em observar, em desviar sua atenção ao que se avista no amplo interior daquela caserna. É bem provável que surjam ideias e conjecturas de tipos inimagináveis, sobre como é a instrução policial militar, sobre como é vivenciar a cultura militar, dispensada naquele ambiente aos servidores da lei, da ordem e da cidadania.
Não é à toa que diversos militares, em todo Estado de Minas, se recordem em suas trajetórias de vida, dessa Unidade, que é celebrada como uma das primeiras, em meio a todos os batalhões que se arquitetaram nas Gerais. Este estrutural multifacetado, que se plantou e se enraizou no bairro Cintra é alegria jovial dos hodiernos e lembrança saudosa dos que já não mais envergam a farda. É indubitavelmente memorial de uma construção de múltiplos recontos, encontros e reencontros, de aprendizagem, de superações de conduta etiológica de uma tropa audaz. É, ainda, o reflexo de uma gente civil e batalhadora; de pessoas que todos os dias caminham pela sua calçada, que a contornam e sonham em um dia poder adentrar os umbrais e portais enobrecidos; de prestar ou receber uma continência daqueles que guardam com fé a entrada desse forte castrense. Há muitos, sim, que aspiram; outros que já sorriem e se emocionam por terem auxiliado em sua fundação, mesmo que em uma pequena parte dessa edificação. Não somente petrificada, mas erigida na honradez, no alinhamento de caráter, na lapidação do homem. Foi edificada igualmente no desenvolvimento da camaradagem, na concepção de um ser humano mais íntegro em face do direcionamento do corpo social que a cerca, neste polo do sertão norte mineiro.
Outrossim, é que há os que ladeiam o arcabouço dessa casa militar, que residem próximo aos muros. Esses sentem ao alvorecer, uma leveza em seu dia, somente por saberem que do lado de lá se encontra a segurança investida em pessoas dispostas a proteger, caso o revés lhes acometa. E porque não dizer sobre quais serão os pensamentos que invadem as cabeças dos que por ali convivem, apreciam as canções militares, que motivam a tropa em formação. Ao longe já identificam o bater dos coturnos e botas ao chão, em vibração pela força e energia demonstrada, durante a marcha. Com efeito, do mesmo modo, contemplam a melodia das notas do clarim em certas manhãs, ao toque do hastear do pavilhão nacional, envolto da banda de música e do conjunto de homens e mulheres. Todos em reverência prestam continência ao lábaro pátrio. E num passe de olhares, do lado de fora do alambrado, reparam atentamente os policiais militares, dia a dia, às vezes à paisana, às vezes de calção e blusa branca; às vezes fardados em alto estilo ou mesmo caminhando garbosamente, demonstrando a estima e o valor inserido na farda operacional que trajam diuturnamente como se fosse a segunda pele.
Esta é a casa-mãe, é a que orienta; que corrige, que defende e que sorri, apontando o melhor caminho, apascentando seus filhos, incentivando-os e os conduzindo à liberdade. Que lhe roga ao cumprimento da missão, para a verdade em prol da virtude, em prol de uma comunidade melhor, mais organizada, mais proba, mais honrada e segura no calcorrear da estrada. O Décimo Batalhão representa em muito a vida montesclarense e sua extensão. É mentor, por meio dos seus graduados, de muitos que nasceram e cresceram nessa região. Foi lá que jovens de hoje e de outrora tiveram delineados os primeiros passos sobre o que é civismo; sobre o que é cultuar os símbolos nacionais; sobre o que é prezar a humanidade. Não é raro que quando alguém está em apuros, ou que careça de uma simples informação, o policial militar está lá pronto para servir, como um guardião. Essa base policial militar, feita de intelectos plurais é o berço do saber castrense na 11ª Região. Seu desenvolvimento histórico e interativo demonstra notoriamente vultosa relevância e grande imponência perante a sociedade do norte de Minas. Por isso é, que desejamos os nossos parabéns aos Décimo Batalhão de Polícia Militar, pelo seu sexagenário que se completa em 28 de julho de 2016 e pelos muitos anos que ainda virão!!!!