A intriga continua

No passado as pesoas eram sem dúvida mais duras e mais atrasadas, mas eram mais francas e mais honestas. Não fingiam, não transigiam com a honra e nem escondiam o que pensavam. Sua palavra era um tiro.

às vezes eram sinceras demais e implacáveis. Concordo, eram muito mais ignorantes, mas essa ignorância era pautada pela honra.

Voudar um exemplo contando um causo verdadeiro envolvendoomeu avô, eu ainda nem era nascido. O fato aconteceu na cidade da Pedra, estado de Pernambuco. O meu avô era um homem, para os padroes locais, instruído, lia os romances dos escitores portugueses, os jornais que vinham pelo correio de mês em mês, enfim, na cidadezinha erao homem que tinha instrução, ,mesmo sem nunca ter ido à escola. Mas era um sujeito irascível,duro, nervoso e franco demais, de pavio curto. Quando discutia com alguém se intrigava e era uma intriga para a vida toda.

Era aigo de infância do coronel Antonio Japiassu que seria o primeiro prefeito da cidade de Arcverde. O coronelera muito disposto mas um sujeito conciliador e que não guardava mágoa. Na época sóhavia dois partidos (que maravilha!) e o meu avô se inclinou para um e o coronel para o outro,discutiram por causa disso e, resultado, se intrigaram Japiassu ainda tentou a reconciliação mas meu avô rejeitou.

O tempo passou e, num acidente de percurso,o coronel Japiassu se desentendeu por uma questão de cerca com um vizinho, um negro também muito disposto.Japiassu era muito forte, o negro não pode brigar com ele,masprometeu matá-lo e, naquele tempo, promessa era promessa. O negro tocaiou Japiassu quando este ia entrando em casa, na cidade da Pedra, estava armado com uma faca peixeira.Por sorte Japiasssu conseguiu vê-lo antes de faca na mão e, rápido, bateu mão do seu inseparável revólver e matou o negro.Mas Japiassu era da oposição e o negro do partido do governo.O jeito era fugir, mas estava sem seu cavalo. Sabedor daaflição do intrigado, meu avô selou seu cavalo, o melhor da Região, e mandou um empregado leva-lo paraJapiassu fugir.le fugiu e passou um tempo fora, o governo mudou e eleficoude cima, apresentou-se e foi julgado,naquela base, julgado pelos amigos e absolvido na hora que nem caldo de cana.

Depois de solto, o primeiro ato dele foi ir à casa do meu avô devolver o cavalo. Quando chegou o dono da casa estava sentado no alpendre lendo um ornal do mês passado, quando viu o visitante no portão disse em alto e bom som: - Pode amarrar o cavalo na porteira.A intriga contiua.e o negro tivesse matado vocêeu tambem mandaria o cavalo para ele fugir. Etinha mesmo feito isso, era amigo do negro.

Morreram ntrigados. Era um tempo duro, mas havia franqueza e senso de honra. A palavra do homem era um tiro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/07/2016
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