Ideais elevados
Moralistas inveterados – não qualquer moralista – ou pessoas muito heroicas – não qualquer herói – podem dizer que ideais, valores e anseios elevados são a base da justiça, da liberdade e até da própria vida. Por outro lado, grandes filósofos – não qualquer filósofo – ou sábios iluminados – não qualquer sábio – podem dizer que um ideal tem a capacidade de tirar o presente da vivência, nos levando ao passado ou ao futuro e, portanto, é ruim por si só.
Na Idade Média o ideal do homem era Deus e Deus era a medida de todas as coisas. Naquela época o feudalismo gerenciava vassalos e senhores feudais para extrair da sociedade vigente uma harmonia. Mas veio, como não poderia deixar de vir, o novo e, com ele, a burguesia e os seus novos valores de liberdade e individualidade. O liberalismo nasceu para dar legitimidade ao capital e fazer dele a pedra de toque de um novo mundo. Nesse ínterim o homem passou a ser o modelo de todas as coisas e enriquecer não era mais visto como pecado ou com reprovação.
Ideais, valores e ideias transformam-se, mudam com o contexto histórico, com as relações da sociedade e com as circunstâncias geopolíticas. É preciso ter mente que um ideal serve de base para metas e objetivos de alguém, mas até certo ponto. Se esse ideal nos tolhe, tirando a nossa naturalidade e espontaneidade, é melhor que abandonemos esse horizonte por mais elevado que seja. Porque nenhuma civilização por mais evoluída que tivesse sido – ao menos na história dita conhecida, salvo os habitantes da Atlântida e da Lemúria, por exemplo – tem como pressuposto uma evolução aos níveis de iluminação e consciência ampliada de avatar. A multidão nunca reivindica seu papel divino – e às vezes nem o humano, que corresponde à cidadania plena – e sua evolução por direito.
Por esse mesmo motivo, um ideal sendo muito elevado, não pode deixar de ser deturpado em muitas perspectivas e de se tornar uma aberração em muitos sentidos quando é abraçado pela multidão. A verdade é um fenômeno que só acontece aos indivíduos. A massa nunca chega à verdade.
Não quero dizer com isso que seja errado seguir um ideal ou trazer um ideal na mente e no coração como suporte para transcendência. Mas que esse ideal não molde uma estrutura rígida demais ou permissiva demais em nossa alma e em nossas ações, é fundamental.
Afinal, são os ideais que movem as forças produtivas de mudanças ao longo da história e são eles que nos possibilitam nos apoderarmos do nosso destino e nos fazermos seres humanos plenos. Paz e luz.
Moralistas inveterados – não qualquer moralista – ou pessoas muito heroicas – não qualquer herói – podem dizer que ideais, valores e anseios elevados são a base da justiça, da liberdade e até da própria vida. Por outro lado, grandes filósofos – não qualquer filósofo – ou sábios iluminados – não qualquer sábio – podem dizer que um ideal tem a capacidade de tirar o presente da vivência, nos levando ao passado ou ao futuro e, portanto, é ruim por si só.
Na Idade Média o ideal do homem era Deus e Deus era a medida de todas as coisas. Naquela época o feudalismo gerenciava vassalos e senhores feudais para extrair da sociedade vigente uma harmonia. Mas veio, como não poderia deixar de vir, o novo e, com ele, a burguesia e os seus novos valores de liberdade e individualidade. O liberalismo nasceu para dar legitimidade ao capital e fazer dele a pedra de toque de um novo mundo. Nesse ínterim o homem passou a ser o modelo de todas as coisas e enriquecer não era mais visto como pecado ou com reprovação.
Ideais, valores e ideias transformam-se, mudam com o contexto histórico, com as relações da sociedade e com as circunstâncias geopolíticas. É preciso ter mente que um ideal serve de base para metas e objetivos de alguém, mas até certo ponto. Se esse ideal nos tolhe, tirando a nossa naturalidade e espontaneidade, é melhor que abandonemos esse horizonte por mais elevado que seja. Porque nenhuma civilização por mais evoluída que tivesse sido – ao menos na história dita conhecida, salvo os habitantes da Atlântida e da Lemúria, por exemplo – tem como pressuposto uma evolução aos níveis de iluminação e consciência ampliada de avatar. A multidão nunca reivindica seu papel divino – e às vezes nem o humano, que corresponde à cidadania plena – e sua evolução por direito.
Por esse mesmo motivo, um ideal sendo muito elevado, não pode deixar de ser deturpado em muitas perspectivas e de se tornar uma aberração em muitos sentidos quando é abraçado pela multidão. A verdade é um fenômeno que só acontece aos indivíduos. A massa nunca chega à verdade.
Não quero dizer com isso que seja errado seguir um ideal ou trazer um ideal na mente e no coração como suporte para transcendência. Mas que esse ideal não molde uma estrutura rígida demais ou permissiva demais em nossa alma e em nossas ações, é fundamental.
Afinal, são os ideais que movem as forças produtivas de mudanças ao longo da história e são eles que nos possibilitam nos apoderarmos do nosso destino e nos fazermos seres humanos plenos. Paz e luz.