EM CASA NOVA
 
Mudança no dia 13/06/2016 da Glória para Vila Isabel e médico em Copacabana antes de vir. Deixei a casa em que vivia há uns oito ou dez anos.
A casa nova é do meu filho e nela ele arrumou um quarto para mim.Tudo bem,mas com a sensação de "ficar sem pai nem mãe". Pensei racionalmente nesta mudança, mas mudar é muito radical na verdade.
Agora já são passados alguns dias. Levantei e atendi o técnico da NET que fez a ligação da TV e do telefone. Foi bom, pois ficar num endereço novo e desconhecido sem saber as horas, sem comunicação com nada ou alguém e sem condições de caminhar não foi nada bom.  Fraqueza e cansaço, adiei a caminhada recomendada pela médica.Passei o dia todo sozinha. Coisa feita, sem possibilidade de retorno.
 No dia 15 ida à cardiologista no Largo do Machado, é como se fosse despedida do Rio.
No dia 17, sexta, veio a Marli para dar ordem à casa e desencaixotar tudo.
Passamos o dia sem qualquer refeição, mas conversamos durante todo o dia, enquanto ela trabalhava e eu fiquei sentada no sofá da sala, assistindo a sessão do Senado no julgamento da Dilma, papeamos no dia toda hora. Trocamos nossos pensamentos e ideias. Gostamos uma da outra.
De noite, bem tarde Marli telefonou e se disse preocupada comigo. E sem me dar tempo disse que viria aqui e ia trazer comida. Fiquei bem perturbada, como a estas horas da noite?Mas veio mesmo e com o marido que tem carro.
Trouxe um arroz bem feito e gostoso, com legumes e frango. Feito pelo marido. Que personagens maravilhosos os dois. Tarde, talvez 23 horas, comi com satisfação e em seguida meus remédios da noite, ficando aliviada com tal cuidado. Recebi-os com satisfação e surpresa,com compreensão e amor. Abracei-a com muito sentimento, um abraço apertado de estar fazendo uma amiga.Que felicidade encontrar seres bons! Que gente boa!
Meu filho chegou e eles estava saindo. Contrafeito , o filho não gostou da novidade. É que ele os via como empregados domésticos e eu os via como amigos na vida para sempre.
Obrigada meu Deus!