O SORRISO DA ALMA

“Felicidade é quando a boca é pequena demais para o tamanho do sorriso que a alma quer dar” (Barbara Matoso). Uma mensagem. Recebi de uma amiga. Amiga de coração, amiga de alma. No whats, em que outras amigas de coração, outras amigas de alma também receberam.

Que sorriso é este que a alma pode dar? É na leitura de mensagens bonitas, significativas, que o coração se aquece, a mente se acalma e a alma ... a alma sorri. É bem verdade que a alma não sorri somente nesta situação. Existem outras, várias outras. Não, existem algumas outras. A alma não sorri por qualquer motivo. Mas, estas mensagens tão singelas, vindo de pessoas amigas, fazem a alma sorrir.

E sabe por que ? Porque “na alma ninguém manda ....ela simplesmente fica onde se encanta (Fernando Pessoa). E no afã de agradar, de se fazer presente, as mensagens vão chegando, anunciando um desejo, uma vontade, uma lembrança, um carinho. Desejando um bom dia, uma boa tarde, uma boa noite com frases inteligentes, outras nem tanto; com frases carinhosas outras nem tanto; interessantes, outras nem tanto; esquisitas, outras nem tanto; assim seguem ... o que importa é que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).

Mas como saber se almas se reconhecem? Mestre e discípulo conversam sobre este reconhecimento quando “o discípulo pergunta ao Mestre: o que é um encontro de almas? O Mestre responde: é quando você, ao conhecer alguém diz: muito prazer! Enquanto sua alma sussurra: que saudade! (Miryan Lucy). E verdadeiramente se reconhecem, pois “a mais linda forma de saudar se dá quando a alma sorri para outra alma”.

Então, quando se conhece alguém, que não se conhecia, a gente repara que “tem gente que a gente simpatiza, sem saber endereço, nome completo, nem procedência. Quando isso acontece é porque em algum pontinho lá dentro, a alma foi feita igual.” (Gustavo Aschar). E aí comprovamos que “existem pessoas que nos inspiram... outras que nos fazem bem... e aquelas que, simplesmente sem pedir licença, tocam a nossa alma... (Ligia Guerra).

E neste conhecer e reconhecer a gente deve “escolher quem nos olha por dentro. O corpo tem prazo de validade, a alma não !” (Abner Santos). Tanto é verdade que se a gente prestar bem atenção nas amizades, nos relacionamentos a gente repara que ”a riqueza de uma pessoa não está nas coisas que ela tem, mas no brilho que a alma dela possui.”

E a gente torce para “que o afeto nos cure a alma, que o carinho permaneça, que a gentileza prevaleça, que as coisas boas se multipliquem... (Camile Heloise), pois “cada frase carinhosa, cada gesto delicado são pedacinhos de amor que alimentam nossa alma” (Bebel Franco).

Dessa forma, a alma sorri, quando sente o coração feliz, a mente solta e o corpo pulsando com animação. E fica atenta ao ouvir alguém sussurrar: “existe um lugar onde tudo é possível... esse lugar chama-se coração e é nesse lugar que eu guardo pessoas especiais, que nem sempre eu vejo, mas que nunca as esqueço!”(Alexsandra Zulpo). Porque “para estar junto não precisa estar perto, basta estar no coração” (Leonardo da Vinci). E se satisfaz mais ainda quando ouve outro alguém falar baixinho que “há abraços que não são para o corpo, são para a alma”. (Luara Quaresma).

Então, a gente pensa na vida, naquilo que se tem e não se tem e percebe que “as coisas mais lindas da vida não podem ser vistas, nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração”. E entende que acumular riquezas não nos torna mais felizes. Portanto, “acumule o que clareia a alma, ilumina o sorriso e perfuma a vida!”

O carinho nos faz bem. O carinho contido em um abraço faz bem. Por isso, “o abraço é um aperto que alivia”. Além disso, “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço. Um, dois... mais abraços “foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar” (Anne Frank). Dá para dispensar abraços ?

E tem mais, mais palavras, que juntas em uma frase dão uma sensação de bem estar, de consideração, de preocupação, de demonstração de que quem enviou se importa com você, pois deve ter escolhido a mensagem que combina com quem a recebe, com a situação que vivem, emissor e receptor. Pois, “você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências” (Pablo Neruda).

Portanto, não as envie a toa. Envie-as porque é gentil, amoroso fazer isto. Não porque os outros fazem. Porque “receber um bom dia de quem a gente gosta faz o dia mais feliz (Estrela de Minas). E a gente tem que viver “um dia de cada vez, que é para não perder as boas surpresas da vida” (Clarice Lispector). E as mensagens que não chegam, quem não envia “se soubesse como gosto de suas cheganças, você chegaria correndo todo dia” (Chico Buarque, do livro Leite Derramado).

E sem mensagens, a saudade aumenta. Todavia, “a saudade não depende do tempo que você não vê a pessoa, e sim da vontade que você sente de estar com ela”, porque “até de longe você me faz bem” (Luara Quaresma). Mensagens não enviadas e distâncias mantidas são fatos difíceis de serem modificados, mas “há muros que só a paciência derruba... e pontes que só o carinho constrói” (Cora Coralina).

No final, a gente constata que o sorriso faz a diferença. Toda a diferença, pois “gosto de gente que sorri com os olhos, que sorri com a alma, que sorri de dentro para fora e vice-versa. Gente que sorri apesar de tudo, que contagia quem está ao seu redor. Gente que nem parece viver num mundo tão injusto, porque sorri, sorri de verdade”.

Você concorda que a alma tem que sorrir depois de tudo isto?

07 julho 2016

Obs.: coletânea de mensagens recebidas por mim; qualquer falha de referência não foi proposital.

Tereza Freire
Enviado por Tereza Freire em 10/07/2016
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