No início, tudo era difícil, a mente estava clara, a motivação a mil por ora, mas havia um empecilho, apenas um a me incomodar,  a inexperiência que por vezes levava a ansiedade e até perda de algumas noites de sono,só hoje entendo, sem necessidade, tendo até uma dor no peito que me fazia imaginar  que estava tendo um infarto
Andava sempre ocupado, muitos afazeres na atribulada vida, que pouco pude ver o crescer dos filhos, apenas lembro bem do dia, que sabendo que aquele momento seria importante documentar, tirei uma fotografia segurando os gêmeos, agarrado aos braços, um em cada lado, pedi que seja rápido o registro, pois com poucos instantes já me doíam os músculos devido ao peso, disse:
- Quero mostrar para estes meninos, quando crescerem que um dia levantei os dois de uma vez. Ficou a prova na foto.
Aqueles dias me trazem inúmeras lembranças hoje, sobra um pouco de nostalgia por de não ter saboreado mais os momentos, e quando em algum instante fico pensando o que era melhor daqueles tempos, se fosse possível voltar, o que mais me faz falta? Imediatamente quando passa um filme sou categórico em afirmar que o que mais lamento por não poder acionar esta imaginária máquina do tempo, é saber que seria maravilhoso reencontrar pessoas que não mais é possível rever.
Portanto, a profissão é importante, a luta e a conquista de bens materiais são também necessários,e até guardar uma reserva ao longo da vida para garantia de algum contra tempo, e desfrutar algum dia de um conforto merecido, faz parte do caminhar, mas depois de  pensar o que de fato faz a diferença, o que verdadeiramente podemos dizer que "não há nada que pague", são as pessoas amadas, os verdadeirod amigos, os familiares,alguns que já partiram, mas que permanecem vivosna memória e no coração.
Todas as coisas materiais não compram o tempo perdido ou o gosto do abraço não dado,do carinho não dispenssado, nem tão pouco a frase não dita, como:
- EU TE AMO !