Verdades irrevogáveis

“Estamos atravessando uma fase atravessada, não sei o que está se dando com a cuca da moçada... Lulu virando Lili, ando tudo no sei lá o negócio é isso aí...”. Essa é uma junção de frases que ouvi de Pedro Caetano em uma entrevista do ano de 1984.

Mesmo não sendo tão antiga ele já afirmava algo que impressiona. É que ele via na época que parte do rio estava com seu curso desviado. Era realmente estranho, porém hoje não passa de uma coisa como “... é assim mesmo...”. Tudo é aceito sem resistência sendo estampado como “moderno”. Nós por exemplo, vemos muitas coisas se cumprindo. Pedro Caetano na mesma entrevista ainda dizia: “ O homem que vive hoje se não for baratinado fica sendo por moderno redondamente quadrado”. Olha só a profundidade de um pensamento gerado há mais de trinta anos!

Outro: “Filho parece rei, filha parece rainha, eles que mandam na casa e ninguém tira farinha. Manda a mãe calar a boca. Coitada fica quietinha. O pai é um zero a esquerda, é um trem fora da linha. Cantando agora eu falo, terreiro que não tem galo quem canta é frango e franguinha”. Esse é um trecho da música “A vaca foi pro brejo” de Tião Carreiro e Pardinho. É a pura realidade. Não há respeito com os pais no sentido de honrá-los. Estão cada vez mais invertendo os papéis. Vemos hoje, filhos que põem os pais para dormir no chão e se apossa da cama. Outros compram no nome dos pais e não pagam. Alguns tratam os pais como empregados. Muitos são extremamente educados com os “amigos” mas em casa é um crápula com a mãe. Outros não sabem lavar, passar, cozinhar, nem limpar nada, e ainda exige que os pais façam tudo isso. Bom, é sinal de que o terreiro está sem galo como disse a dupla. Mas ainda é bem estranho conviver com estas coisas né?

Seria pertinente perguntar: Que raça é esta que vive hoje? Não deveriam ser naturalmente seres humanos? Não se parecem nada com a linhagem de Adão. Estão mais para Ninrode... Daí, se realmente não forem humanos agora, o que serão daqui vinte anos? Que geração está para surgir? Prefiro nem pensar...

Anderson Abraão
Enviado por Anderson Abraão em 09/07/2016
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