O VICIO LOUCO DO AMOR
crônica de:
Flávio Cavalcante
crônica de:
Flávio Cavalcante
É tão doido e doentio essa história de sofrer por causa de amor como qualquer outro vício e isto vai se tornando uma bola de neve aumentando gradativamente até que a pessoa enferma não perceba e quando acordar para a realidade da vida já se trata de uma doença crônica e certamente irá precisar da orientação de um especialista para curá-la.
Temos que ter na consciência que tudo na vida passa. Este é o primeiro passo da lição. O ser humano tem que aproveitar os melhores momentos da vida para ser feliz. Isso é obrigação se quiser viver bem e sem conflito consigo mesmo. A felicidade do dia a dia é tão importante para termos uma vida saudável que segundo alguns especialistas se tiver alguma coisa o atrapalhando de ser feliz não terá outro jeito a não ser extrair o que atrapalha da nossa frente para continuarmos em harmonia conosco.
A fragilidade da pessoa insana faz muitas vezes passar dos limites até nas palavras ditas ao parceiro que ela guarda no peito tanto amor. Em conversa com uma pessoa nesse estado, deixou bem claro que realmente o momento de fragilidade no amor estava propício para ela descarregar tudo que queria como um desabafo.
-" A PESSOA TEM QUE TER VERGONHA NA CARA... É COMO UMA FACA QUE RASGA O PEITO ATÉ SUFOCAR "
Palavras distas pela entrevistada no momento de desespero. O que não é um fato. Até porque nada desse sofrimento é real. O nosso corpo é uma máquina perfeita; mas, precisa saber ser comandada pelo espirito. Os botões têm que ser acionados na hora certa para que essa máquina tenha um perfeito funcionamento. Chega um momento que você não se domina. A mente quando está nesse momento do corpo frágil nessa parte amorosa, ela cria um mundo à parte da realidade e passamos a viver esse orbe de fantasias. A nossa mente cria logo uma personagem nos moldes que sempre sonhamos e transporta paro o mundo real uma procura constante das qualidades da personagem que criamos através da nossa mente. O que não é real. É um mundo à parte à realidade. Não conseguimos enxergar a realidade e vivemos sempre naquele mundinho de personagens amorosos e conto de fadas, passando a viver em dois mundos ao mesmo tempo. Nesse estado de fragilidade emocional queremos que a pessoa do mundo real seja aquela que foi criada no mundo que é irreal e na realidade a pessoa nunca vai suprir as nossas necessidades por que não estamos falando da mesma pessoa. O que foi criado no mundo virtual não bate com o mundo real e começa esse conflito entre o eu mundo virtual e você mundo real.
Só o tempo é quem vai dar um ajuste perfeito pra essa máquina e é exatamente aí que acordamos pra realidade como saímos de uma pesadelo. A sensação é exatamente igual a uma ave de rapina vendo tudo do alto no pico de uma montanha o fato da vida. E quando isso acontece é como acordar de um sonho propriamente dito. O que se ver na nossa frente é a pessoa de fato que aparentemente lhe fez tanto sofrer e percebemos nesse patamar que essa pessoa real não bate com o seu mundo virtual, chegando a pensar que estávamos ficando loucos com tudo que aconteceu e daí passaremos a enxergar o real e o virtual ao mesmo tempo tendo a oportunidade de separar as duas vertentes.
A cicatriz é de imediato e cicatriza mesmo de forma a ter até uma linda amizade se no caso tiver havido uma separação com o cônjuge. É como passar o efeito da anestesia e acordamos sem saber o que aconteceu de fato.
A tecnologia na medicina está aí e os profissionais estão prontos para ajudar a qualquer um pra pôr os pés no chão deixando para trás o virtual e passando a viver a realidade ajudando ao enfermo a voltar sua vida normal e o mais importante “SER FELIZ NOVAMENTE”.
Flávio Cavalcante