Crônica do aprendiz II

Eu aprendi... Aprendi que a memória não apaga, e sim esconde.

Aprendi que o tempo não cura, mas ajuda a cicatrizar.

Aprendi a não ser vulnerável, quando deixaste de ligar.

Aprendi a ouvir, quando me restou o teu silêncio.

Aprendi a pedir perdão, quando me dei conta do erro.

Aprendi a chorar, quando me dei conta do que não valeu a pena.

Aprendi a rir, quando sonhei com o teu sorriso.

Aprendi a recordar, quando percebi o que valia a pena.

Aprendi que não acaba, que apenas muda de forma ou de lugar.

Aprendi que se corro contra o tempo, sempre perco.

Aprendi que nada é tão ruim,

e que gosto de andar ao invés de correr.

Aprendi que os amores eternos podem acabar em uma noite,

que grandes amigos podem se tornar grandes desconhecidos.

Aprendi que o amor não tem a força que imaginei.

Aprendi que nunca conhecemos uma pessoa de verdade,

que ainda não inventaram nada melhor

do que um abraço apertado.

Aprendi que o nunca mais, nem sempre se cumpre

e que o para sempre, também pode acabar.

Aprendi que o que se quer, também se consegue,

basta vontade de lutar,

Aprendi que às vezes quando se arrisca não se perde nada e que perdendo também se ganha.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 07/07/2016
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