A NAU DE ESPERANÇAS

A NAU DE ESPERANÇAS

No mar de nossas expectativas navegam capitães que conduzem suas naus rumo a seus sonhos. Suas embarcações estão repletas daqueles que acreditam que vida é muito mais do simplesmente viver, mas sorver o gosto doce e suave da busca incansável de sua realização interior.

Em suas embarcações, não carregam tesouros, e a bandeira hasteada no mastro da vela mestre, exibe graciosa e delicadamente inúmeras inscrições de pessoas que incansavelmente procurarão, ainda que a vida inteira, um grande e verdadeiro amor. Como querubins e serafins estão em silencio, mas em suas faces está estampada a certeza que nem mesmo o tempo que a tudo devora, não lhes tirarão a maestria de reger essa orquestra que em seu som sereno e suave darão lhes alegria e a paz dos que amam verdadeiramente.

Em cada porto que as embarcações param para reabastecerem-se, novos tripulantes e passageiros subirão e juntos aos viajantes dessa nau da esperança partilharão um pedaço de pão e um gole de água, mas mesmo assim, continuarão a singrar esse oceano infindável e outras embarcações cruzarão seu caminho, algumas hasteadas com as velas da desilusão, outras deflagram a bandeira da solidão, mas aqueles que navega na nau de esperanças nunca se cansam, lutam com a tempestade da decepção,e com as ondas da imaginação, mas mesmo assim nunca desistem.

Até que um dia elas aportarão numa ilha de praias de areias brancas , onde cachoeiras cristalinas de águas doces ,e a relva verde macia em meio a imensos parreirais, eles encontrarão seu grande e verdadeiro amor, e juntos , para além do tempo, distancia e da própria vida , uníssonos ,numa só voz cantar a mais doce , a mais bela de todas as melodias que só mesmo os anjos entoam em seu trono celestial, a melodia do amor.

Gilmar

Planaltina ,28 de Dezembro 2004