Drama - Ato III - Sombrio e Triste.

Eu perdi minha fé em alguma esquina em que me escorei.

Eu sigo por essas rodovias, por essas pontes aéreas como um andarilho.

Eu quero voar, mas não posso. Eu quero ser livre!

Eu prefiro me esconder debaixo de meus cachos tímidos, debaixo de uma latada de rua.

Prefiro estar a esperar que alguém me deixe entrar, me dê uma xícara de chá e cuide dos meus ferimentos.

Que me cubra com um cobertor, que me deixe dormir na sua cama e não no sofá da sala como um cão.

Eu quero clarear essas sombras que há em mim, quero quebrar o sorriso falso que há na minha máscara e que se passa por meu.

Mas eu continuo lutando. Lutando no significado de continuar andando.

Eu me digo, eu me pressiono: “vai! Tenta novamente. Se se machucar, aguente a dor e espere sarar”.

Eu me obrigo: “as únicas defesas que devem crescer são as defesas fisiológicas, as defesas emocionais devem me fazer forte, mas não me auto segregar”.

“Cobre! Se cobre, Jovem. Se prive, se mascare, se cale, se esconda, não fique, fuja! ”. Eu não quero ouvir isso. Eu quero ser livre! Eu quero esmiuçar minha máscara e as minhas “obrigações”.

Me aceite. Me deixe entrar, me trate como gente. Me veja como uma pessoa.