A sala
Ela me recebe como de costume, e logo desanda a falar dos problemas com os vizinhos. A TV que já está ligada não para de bombardear os cérebros dos telespectadores vítima. A nossa conversa, é de uma só. Só ela fala o tempo sem parar e reclama da casa, do lugar. O fato é que nada estará bom ou calmo, afinal aqui é a cidade. Durante o falatório incessante não consigo mais prestar atenção no que ela fala. Sinto nojo das propagandas da Globo, no meio da novela criam toda uma cena para "vender" o criança esperança. Esperança pra quem? termina a novela e logo vem outra propaganda com outros atores no intervalo. Me encho. Vou embora.