Trotski e Frida

Há os que acham que os grandes romances já foram todos escritos e, hoje, n~~ao apareceria mais "o grande romance".É uma bobagem abilssal. Sempre haverá um novo grande romancista e, claro, um grande romance. Mas confesso algo: acho que o grande romancista só escreve uma grande obra-prima, jamais repete a façanha, escreve outros grande romances, mas sem o brilho da obra-prima.

É claro que sou um leigo em literatura,apenas leio os bons livros, é minha diversão predileta. Na minha opinião o melhor romancista do momento é o cubano Leonardo Padura, autor do magnifico romance "O Homem que amava os cachorros". É a sua obra-prima, ele não repeti-la. Podem crer. Quem gosta de literatura deve ler esse romancede Padura.

É impressionante a recriação das histórias de Trostki e do seu assassino Ramon Mercader, como ele os põe nas cenas da história, nos envolvendo por completo, sem tomar partido, mas no íntimo defendendo a liberdade e o sonho.

Adorei as passagens no México, principalmente quando o grande revolucionário, quem sabe impulsionado pelo clima, pela alegria, pela comidacom muita pimenta, pelos mariachise pena Casa Azu de Diego Rivera, onde monta a sua resistência, cede aos desejos da carne e teta um relacionamento com a irmã de Frida Kahlo, a esposa de Rivera, o grande pintor anfritião de Trotski, mas a bela e sensual mulher o rejeita. Um glope não só para o amor próprio, mas para o desejo do revolucionário. ele então cpnfecia à Frida o acontecido, ela rsga afantasia da irmã dizendo que ela é santinha do pau ôco, volúvel e que já estivera na cama com o seu marido, Rivera. Nasce aí a admiração de Trostski por Frida e vice-versa. Vou transcrever um trecho do livro em que numa noite "caliente" o revolucionario faz amor com Frida:

"Dos poemas e cartas de amor, escondidos entre aspáginas dos livros que costumava recomendar a Frida, os apelos de Lev Davidovitcht já exigiam uma concretização. O fogo que o impeliaardia com tal força que tinha conseguido mesmo superar oreceio de que Natália desconfiasse de seus devaneios. E naquela noite de farra, enquanto Diego, Natáliae os amigos qe tinham se juntado ao passeio e os secretários entraram no edifício onde havia um dos murais de Rivera, ele deixou-se ficar para trás e, sem qualquer palavras, encostou Frida contra afachada e beijou-a nos lábios enquanto, enyre pausas, lhe dizia o quanto a desejava. Com total consciência. Liev Davidovitcht atirava-se nesse momento no poço da loucura e punha em perigo tudo o que era mais transcendente na sua vida. Mas o fez feliz, orgulhoso, temerárioe sem o menor sentimento de culpa, confessaria mais tarde asi próprio, convencido que, ao fim e ao cabo, tinha valido a pena gastar naquela orgia doss sentidos osmelhores cartuchosdas últimas reservas de sua virilidade".

Os revolucionários també amam. Leia o livro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/07/2016
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