A DITADURA DA BELEZA
Foi no final do século XX que teve início a moda da mulher magra. Nessa época, as mulheres desembaraçadas do espartilho passaram a preocupar-se em mostrar um corpo esbelto. O sexo feminino entrou no mundo do exercício físico, a andar de bicicleta, a jogar tênis, e a se expor mais em praias e piscinas.
Por volta de 1920, a boa aparência já se impunha. A fotografia, a imprensa, o cinema, divulgavam padrões a serem seguidos. Greta Garbo arrasava nas telas com seu charme, seu corpo esbelto e elegante. Era um símbolo da beleza que toda mulher desejava ter.
Feiura não tem história. Entretanto, no Brasil de hoje há uma radicalização compulsiva pelo que a mídia apregoa: ser bela, a qualquer preço! Ser jovem e saudável...e magra! Há uma tirania da perfeição física. Todas querem ser magras, leves, turbinadas.
Multiplicam-se as fábricas de beleza, as clínicas de cirurgia plástica, oferecendo correções de toda natureza, lipoaspirações, próteses de silicone e outros “milagres”. O culto à beleza é terreno perigoso, pois está ligado ao efêmero, à eterna juventude e, como tal, é um desafio ao tempo.
Nosso modelo de beleza é a mulher morena, cabelos escuros, crespos, ancas largas, pernas roliças. È a beleza “mestiça”. Somos um pais miscigenado, com índios, brancos, negros, amarelos e o resultado é a nossa “moreneza”. Esse modelo é hoje ameaçado pelo que vem de fora, a “Barbie” americana, muito magra, seios grandes, cabeleira loura e lábios volumosos.
As brasileiras têm marcas capazes de individualizá-las. Não precisamos de barbies, de próteses, de anabolizantes, das modelos anoréxicas e nem das falsas louras.
Nossa sociedade parece não valorizar sua identidade. As pessoas não percebem que um bom relacionamento com a vida passa por boa dose de aceitação, inteligência, amor, carinho e alegria. Há um enorme pavor de envelhecer e um culto exagerado à imagem. Todas querem emagrecer e as gordas são estigmatizadas. A publicidade traz, para aquelas que não se encaixam aos padrões, uma sensação de impotência, de fracasso perante o próprio corpo.
Nosso século inventou um narcisismo coletivo em que cada vez se investe mais em produtos de beleza, no “body fitness”, no “personal trainer”, e o verbo “malhar” é bastante empregado. A beleza a qualquer custo é condição fundamental para se encontrar um marido, um emprego, para manter um casamento e para toda e qualquer relação social. Está em nosso cotidiano, na televisão, na mídia, no cinema.
Dizem que as mulheres buscam ansiosamente a beleza física para serem aprovadas pelos homens, mas já ouvi homens jovens e idosos dizerem que só querem companheiras de carne e osso, animadas, alegres, inteligentes e amorosas; ao contrários do que apregoam os meios de comunicação, a propaganda de cosméticos, as revistas de moda.
O tempo passa e a velhice aos poucos vai chegando. É sábio não ter preconceitos a respeito dela, pensar no que a vida nos proporcionou, e não no que ela tirou. É no terreno psíquico e mental que se manifestam os saldos positivos da idade. Aceitar as perdas, substituindo-as por alegrias, preservando uma maneira de amar e de criar, dão nova dimensão a essa fase da vida.
Cada ruga deve contar uma bela história de vida.
Foi no final do século XX que teve início a moda da mulher magra. Nessa época, as mulheres desembaraçadas do espartilho passaram a preocupar-se em mostrar um corpo esbelto. O sexo feminino entrou no mundo do exercício físico, a andar de bicicleta, a jogar tênis, e a se expor mais em praias e piscinas.
Por volta de 1920, a boa aparência já se impunha. A fotografia, a imprensa, o cinema, divulgavam padrões a serem seguidos. Greta Garbo arrasava nas telas com seu charme, seu corpo esbelto e elegante. Era um símbolo da beleza que toda mulher desejava ter.
Feiura não tem história. Entretanto, no Brasil de hoje há uma radicalização compulsiva pelo que a mídia apregoa: ser bela, a qualquer preço! Ser jovem e saudável...e magra! Há uma tirania da perfeição física. Todas querem ser magras, leves, turbinadas.
Multiplicam-se as fábricas de beleza, as clínicas de cirurgia plástica, oferecendo correções de toda natureza, lipoaspirações, próteses de silicone e outros “milagres”. O culto à beleza é terreno perigoso, pois está ligado ao efêmero, à eterna juventude e, como tal, é um desafio ao tempo.
Nosso modelo de beleza é a mulher morena, cabelos escuros, crespos, ancas largas, pernas roliças. È a beleza “mestiça”. Somos um pais miscigenado, com índios, brancos, negros, amarelos e o resultado é a nossa “moreneza”. Esse modelo é hoje ameaçado pelo que vem de fora, a “Barbie” americana, muito magra, seios grandes, cabeleira loura e lábios volumosos.
As brasileiras têm marcas capazes de individualizá-las. Não precisamos de barbies, de próteses, de anabolizantes, das modelos anoréxicas e nem das falsas louras.
Nossa sociedade parece não valorizar sua identidade. As pessoas não percebem que um bom relacionamento com a vida passa por boa dose de aceitação, inteligência, amor, carinho e alegria. Há um enorme pavor de envelhecer e um culto exagerado à imagem. Todas querem emagrecer e as gordas são estigmatizadas. A publicidade traz, para aquelas que não se encaixam aos padrões, uma sensação de impotência, de fracasso perante o próprio corpo.
Nosso século inventou um narcisismo coletivo em que cada vez se investe mais em produtos de beleza, no “body fitness”, no “personal trainer”, e o verbo “malhar” é bastante empregado. A beleza a qualquer custo é condição fundamental para se encontrar um marido, um emprego, para manter um casamento e para toda e qualquer relação social. Está em nosso cotidiano, na televisão, na mídia, no cinema.
Dizem que as mulheres buscam ansiosamente a beleza física para serem aprovadas pelos homens, mas já ouvi homens jovens e idosos dizerem que só querem companheiras de carne e osso, animadas, alegres, inteligentes e amorosas; ao contrários do que apregoam os meios de comunicação, a propaganda de cosméticos, as revistas de moda.
O tempo passa e a velhice aos poucos vai chegando. É sábio não ter preconceitos a respeito dela, pensar no que a vida nos proporcionou, e não no que ela tirou. É no terreno psíquico e mental que se manifestam os saldos positivos da idade. Aceitar as perdas, substituindo-as por alegrias, preservando uma maneira de amar e de criar, dão nova dimensão a essa fase da vida.
Cada ruga deve contar uma bela história de vida.