Ainda era outono...

As estrelas peregrinavam no céu na noite em que te conheci. Mergulhei num mar de sonho, aos poucos o amor ia florescendo. O tempo vaticinava as evidências do cotidiano. Um dia houve um rompimento traumático, como se o amor tivesse fenecido. Um leque de dor se perpetuou no meu coração. Silenciei...

Nas noites de vigília a lua com face entristecida parecia me consolar.

Minha solidão mergulhou num universo de reflexão.

Sepultei aquele amor e abandonei a batalha.

Certa manhã o sol despontava radiante no leste, abri portas e janelas, os raios solares me abraçaram e fui ver o mundo lá fora.

Ao atravessar uma esquina, lá estava ele.

Acenou-me a mão e atravessei a rua um pouco acanhada. Minutos de silêncio. Ouvi uma voz doce, emergia de um coração saudoso e arrependido.

Dias passaram e numa tarde de verão, seus pés foram circundados pelas primaveras coloridas levadas pelo vento, ao adentrar em nosso jardim.

Ensimesmada, olhava os trejeitos daquele homem e seus olhos brilhavam de felicidade, que por imprudência quase perdeu no passado.

Naquele momento estava convicta de que não se pode fugir do caminho traçado por Deus.

Magda Crovador

magda crovador
Enviado por magda crovador em 03/07/2016
Reeditado em 03/07/2016
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