Ainda era outono...
As estrelas peregrinavam no céu na noite em que te conheci. Mergulhei num mar de sonho, aos poucos o amor ia florescendo. O tempo vaticinava as evidências do cotidiano. Um dia houve um rompimento traumático, como se o amor tivesse fenecido. Um leque de dor se perpetuou no meu coração. Silenciei...
Nas noites de vigília a lua com face entristecida parecia me consolar.
Minha solidão mergulhou num universo de reflexão.
Sepultei aquele amor e abandonei a batalha.
Certa manhã o sol despontava radiante no leste, abri portas e janelas, os raios solares me abraçaram e fui ver o mundo lá fora.
Ao atravessar uma esquina, lá estava ele.
Acenou-me a mão e atravessei a rua um pouco acanhada. Minutos de silêncio. Ouvi uma voz doce, emergia de um coração saudoso e arrependido.
Dias passaram e numa tarde de verão, seus pés foram circundados pelas primaveras coloridas levadas pelo vento, ao adentrar em nosso jardim.
Ensimesmada, olhava os trejeitos daquele homem e seus olhos brilhavam de felicidade, que por imprudência quase perdeu no passado.
Naquele momento estava convicta de que não se pode fugir do caminho traçado por Deus.
Magda Crovador