Um dia ele comandou o brilhante penta.
 
Doze anos depois sonhou que alcançaria o hexa.
Frustrando o êxito idealizado, provou a goleada humilhante.
Hoje os estádios chineses ressaltam alegria seguindo suas lições, porém o valente guerreiro sente ainda faltar o maior desafio.
 
Observando a seleção inglesa voltar a entristecer sua animada torcida, Felipão fez uma proposta que mostra determinação e coragem.
 
Ele quer ser o treinador da Inglaterra.
Perguntam se ele enlouqueceu, os amigos indagam o porquê, algumas pessoas riem, poucos talvez acreditem, mas Felipe Scolari sabe bem o que faz.
 
Pretende ir às profundas origens do futebol e renovar a semente que nutre o esporte maravilhoso. 
Não há oportunidade melhor. A Inglaterra não consegue encantar, forma boas equipes, ilude, o otimismo cresce, todavia, na hora H, a amargura prevalece. 
Ele, o corajoso Felipão, apenas ele, objetiva liderar um grupo capaz de revelar técnica, suor, garra e emoção.
 
Eu diria que Felipão vai reinventar o futebol.
A fantástica disciplina os chineses tanto ensinaram, a magia e o talento que os craques do penta mostraram ele jamais esqueceu.
 
Unir as duas culturas, eis o projeto ousado que Felipão imagina efetivar, formando assim uma seleção inglesa imbatível.
 
* Não sei se o pedido de Felipão será aceito, contudo seria bacana vê-lo conduzir a Inglaterra devastando as terras russas.
 
Nos tempos do mau humor brasileiro, quando os anões zangados dão as cartas, considero legal conferir os inventores do futebol reaprendendo.
 
Essa é a grande lição que os ventos sopram.
Reaprender, retomar a paixão, abandonar a presunção, amar a camisa, honrar a tradição, retomar a chama que hoje parece perdida.
 
Nós precisamos demais, os ingleses almejam, Felipão arriscará escrever os versos, diz possuir as rimas, a inspiração perfeita, deseja a tão forte aventura, que tenha sucesso e sorte enquanto dura.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 01/07/2016
Reeditado em 01/07/2016
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