SOMOS JUMA, SELVA!

Parecendo uma cerimônia de sacrifício. Um guardião de cada lado, correntes e tocha. A Juma pressentiu, atordoou-se e fugiu. Foi morta, sacrificada, porque se rebelou. Representa o povo escravo na arena, tendo que se digladiar entre si para contentar a torcida e o palanque que a incita. Pão e circo, olimpíadas e copas. Se tentarem fugir desse circo, como a Juma, serão mortos. Terão um “bom paredão, uma boa espingarda, uma boa bala, uma boa pá e uma boa cova”. Enquanto isso o feijão aqui plantado e aqui colhido está sendo comido em Cuba. Povo e feijão tolhidos. Restou-nos o pão e circo. A mortadela já acabou.

Emblemático. Já passa da hora do Brasil virar onça. Selva! Agora, Juma!

Armand de Saint Igarapery