Jiló

Concordo que a moda é uma característica de cada época. E priu. Assim, no caso da música, não podia ser diferente: a de hoje é diferente da de ontem.Agora, o que difere umada outra é que a atual não tem a qualidade da de antes. Não podemos, por exemplo, aproveitndo esse finalzinho dos festejos juninos, comparar a música de Luz Gonzaga dom Humberto Teixeira e Zé Dantas com os forrós de hoje. Aceitar que têm o mesmo nível não seria só um disparate, mas uma injustiça.

Sempre ouço neste período as músicas do saudos Rei do Baião e uma, dele com Humberto Teixeira, por motivois essencialmente particulares e tambérm de sensibilidade, sempre me fascinou, ela me pega pelo pé, me remete ao passado, adoro lembrar certas coisas. Refiro-me à música "Que nem jiló", que tem umverso que é o meu preferido: "Aiquem me deravoltar/ Pros braços do meu xodó/ Saudade assimfaz doer/ E amarga que nem jiló/ Mas ninguém pode dizer/ Que me viu triste a chorar/ Saudade, o meu remédio é cantar".

Linda a música, arretada mesmo. Mas discordo numponto: a saudade não amargaque nem jiló, ela é até doce. E afritada de jiló é ótima. Hoje, véspera de São Pedro, vou comer essa fritada, tomar mas lapadas de Pitu e ouvir essa música várias vezes e suspirar lembrandoo passado. Adoro jiló, adoro a música, adoro o passado e adoro sobretudo a vida. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 28/06/2016
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