Peco, logo existo

Esta semana ouvi algumas curiosas teorias a respeito de um dos "sete pecados capitais" mais cometidos. A Inveja.

Defendia-se a tese, comprovada através de um tal estudo holandês, de que existem a "Inveja do Bem" e a "Inveja do Mal".

Ora essas, "Inveja do Bem" não existe!

Inveja implica outro pecado, "Cobiçar algo alheio".

E como pode ser benéfico?

Se for "do bem" isso tem outro nome: Admiração.

A Admiração nos faz torcer pelo próximo, vibrar sua conquista.

A Inveja não.

Tem único objetivo, puro e simplesmente (quer dizer, nem tão puro assim) de ao contrário de estar feliz pelo próximo, ter a capacidade de pensar que tal pessoa não seja merecedora do mérito em questão.

Quanta vaidade!

Ninguém tem direito de "retirar" o reconhecimento do outro.

Se alguém elogia uma outra pessoa na sua frente num encontro informal por exemplo, e você não concorda com as palavras, seu pensamento não lhe dá o direito de desqualificar essa pessoa discordando do elogio. Alguns fazem isso apenas pelo bel prazer de diminuir outrem e exaltar a si.

Existem pensamentos que devem ser preservados. Se não acrescenta, para que verbalizá-los?

Admirar alguém exige humildade o suficiente para reconhecer o entorno e perceber o afeto por esse alguém.

Sim, é um ato de amor.

E tal atitude vem numa conjunção de sentimentos... respeito, simpatia e sobretudo consideração.

Quanta nobreza!

Pequemos por outro viés.

Sejamos Gulosos pelo reconhecimento ao próximo. Esse pecado haverá de ser sempre salutar.

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