O cara tagarela, fala mil bobagens, enche o saco, mas a gente já se acostumou a escutá-lo e não sabe viver sem suas chatices.
 
Estou me referindo a Galvão Bueno, porém, nos últimos dias, curtindo a Eurocopa na Band, começo a perceber que o mais legal dos jogos, acreditem vocês, está sendo ouvir o Datena narrando.
 
Há muita coisa que faz recordar o Galvão.
Ao lado de Edmundo, várias asneiras fluem. Por exemplo, segundo a dupla dinâmica, adoramos os portugueses pois eles nos colonizaram.
Quando joga Portugal, eles torcem o tempo todo, esquecem a tão necessária imparcialidade, evidenciam uma empolgação superjovial.
As opiniões fazem o telespectador questionar se a partida é outra.
 
Enfim, as baboseiras de lá repetem cá, entretanto o jeito do Datena, certas frases bem espontâneas, as reclamações e a sinceridade expressiva demais são imbatíveis.
 
Eu ameacei desligar a TV umas três vezes, não consegui, terminei rindo, concordei, discordei bastante também, no entanto, após o final, percebi que o grosseirão me conquistou.
 
Foi muito bacana acompanhar o surpreendente gol português, num contra-ataque arrasador, seguindo o entusiasmo do Datenão.
 
A Croácia acabara de perder duas ou três preciosas oportunidades, Portugal roubou a bola e avançou firme, Datena acelerou ao lado, criticou um passe, todavia ainda era possível acreditar.
O goleiro rebateu o chute de Cristiano Ronaldo, veloz Quaresma chegou cabeceando, quase adentrou o gol, a grande festa, o grito emocionado, Datenão, Datenão, Datenão.
 
Conforme Datena diz, Portugal foi à rede.
 
Galvão Bueno precisa abrir os olhos.
Sua vaga começa a correr sério risco.
 
Um abração!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 27/06/2016
Reeditado em 27/06/2016
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