FILHAS, COM SUAS IMORREDOURAS LEMBRANÇAS... 16h33min.

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O inverno chegou, e o comum são os resfriados, temos que nos “resguardar”, e até não conseguimos realizar o nosso trabalho da semana, mas com certeza na segunda estaremos melhor; os medicamentos comuns sempre dão ao paciente um pouco de “sonolência”, mas temos que fazer um esforço para superar...

Lembranças fazem parte dos “arquivos” de nossa alma, muito embora não sejamos saudosistas e evidenciarmos tão somente passado... Corria os primeiros dos anos 60, a primeira filha,* em breve completaria dois anos, o casal com as dificuldades naturais, jovens ainda assumiram o compromisso, sem realmente um “preparo econômico”; ela, - a esposa - por motivos de saúde de uma gravidez de risco, tivera que abandonar o emprego, ele, o esposo - que deveria suprir as despesas do lar, na condição de bancário, cujo salário, não passava de um salário mínimo e meio, deste pequeno valor teria que subtraído o aluguel...

As crianças crescem rapidamente, para os pais é sempre motivo de contentamento e alegria observar o seu desenvolvimento; na longínqua época era quase que rotina, dar uma passadinha na casa da avó, na realidade bisavô; a casa não ficava muito distante, o pai a acomodava na bicicleta, havia um banquinho apropriado fixado próximo ao guidão, que permitiam ao pai segurá-la em qualquer emergência, quase sempre quando voltava, perto de casa estava dormindo, com uma mão a segurava com a outra dirigia o “veículo”...

As visitas não demoravam muito, pois, o pai às 11 horas teria que sair para o trabalho, cujo horário era de 12 horas às 18h; ao sair se repetia todos os dias este “ritual”: ela ficava irrequieta, pois sabia que era hora para ele ir ao trabalho... A levava no colo até o portão abria e voltava, e a “entregava” a mãe pela janela; isto a acalmava, e aceitava a temporária “separação”...

O tempo passa célere, ela cresceu mais duas irmãs “vieram”, o menino, sonho do casal partiu inesperadamente, deixando um “vazio” que foi difícil superar. Após a breve “carreira” bancária, Deus na sua Infinita Misericórdia, nos abriu outro “caminho”, que veio a suprir nossas necessidades; as filhas cresceram, formando suas famílias, conseguiram uma formação universitária, que valorizou a profissão que abraçaram: professora, a esta que estamos nos referindo, se tornou escritora, alma sensível, pois quem “abraça as letras” deve fazê-la com sentimento, e isto ela demonstram em suas poesias, contos e tudo aquilo que escreve...

A bisavó a muito se foi, a humilde casa alugada a muito foi demolida, ficando somente as imorredouras lembranças, que às vezes “teimam”, em reviver em nossa alma... 17h19min.

*Vanice Zimerman Ferreira, desde a muito está no Recanto, foi ela que nos “trouxe”...

Curitiba, 24 de junho de 2016 - Reflexões do Cotidiano -

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 24/06/2016
Reeditado em 24/06/2016
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