A virada da ex desafortunada - quase pata-choca
Variadas são as formas de se morrer. Existe até um programa de TV que se chama Mil formas de morrer, onde são demonstradas as mais curiosas mortes indistintamente. Mas o ser humano pode sim morrer em vida. Isso é extremamente real e de causar terror mental.
Diz que uma palavra pode causar um imenso estrago e que uma língua maldizente pode incendiar um bosque. Verdade.
A esposa do Virgulino ligou e perguntou:
 - Meu bem, pretendo voltar a estudar. O que você acha?
 - Quê! Tá louca mulher! Você não leva jeito pra estudo não!
 Silêncio...
Outro dia ela disse ao marido:
 - Virgulino, estou pensando em montar um negócio próprio.
 - Montar o que Dora?
 - Sei lá, quem sabe um modesto restaurante?
 - Não, para com isso. Você sonha muito – dizia o marido.
Dora já estava ficando cabisbaixa...
 - Virgulino acho que vou aprender a arte da confeitaria para ajudar em casa.
 - Do jeito que você é sonsa quero ver no que vai dar – amargava o marido.
Dora já estava morta em vida, mas sem ninguém ao menos perceber.
Num dado dia, acordou e decidiu sacudir a poeira do desânimo.
 - Virgulino, olha aqui! Tchau!
 - Como assim sua toupeira?!
 - A toupeira aqui vai abandonar o cavalo aí! Tô indo embora. Preciso viver, experimentar, aprender, me aventurar, correr riscos, vencer, nascer novamente.
Em pouco tempo se casou com Virgílio... ela tinha uma quedinha pelos V's mesmo...
 - Virgílio me matriculei na especialização em confeitaria profissional.
 - Parabéns! Que bom meu amor! Vai ser um sucesso! - Disse Virgílio.
 - Depois pretendo montar a minha própria confeitaria. Será que dá certo?
 - Com certeza! Segue com determinação que você consegue! - Apoiou o novo marido.
“Para morrer, basta estar vivo”. Este ditado é literalmente aplicado. Mas ela se desprendeu das amarras “vurgulianas” e saiu vencendo para vencer...
Determinação, decisão, foco e coragem...