AS EXPERIÊNCIAS DE CADA UM III (PASCIÊNCIA)

Dia 18/2, bem cedo fomos* marcar consulta no Posto de Saúde, próximo de nossa residência. Conseguimos marcar para 16h50 minutos e aproveitaremos para trocar o curativo.

A consulta atrasou um pouco, havia constantes falhas do sistema; mostramos os exames de sangue, feito no Hospital São Lucas; por um lapso de nossa parte, estes resultados não foram levados na primeira reconsulta; disse que estavam dentro da normalidade. Quanto à biópsia já esperava por este resultado: Câncer de Pele; abrindo um pouco do curativo, comentou que a cicatrização se daria lentamente. Que evitasse esforço que pudessem afetar esta região, para facilitar a junção do local afetado. Por último, nos encaminhou para um especialista da área: Oncologia.

Comentamos que durante três anos tínhamos uma coriza constante; havia uma melhora quando usávamos uma fórmula de Homeopatia para Rinite alérgica, quando parávamos com o uso, pouco depois, sempre voltava; os medicamentos prescritos aboliram também estes sintomas... Disse que talvez tivéssemos algum tipo de infecção. Agradecemos e nos despedimos.

Dias antes havia lhe entregue oito trabalhos, traduzidos pelo Prof. Reinaldo, - de saudosa memória. – e o seu livro O Magnésio na Saúde, e dois frascos das “Gotinhas da Saúde”; não fez qualquer menção, por delicadeza nada perguntamos...

No setor de marcação de consulta, havia opções de escolha: Santa Casa de Misericórdia de Curitiba*, Hospital São Vicente, Hospital Evangélico e Hospital Erasto Gaertner; optamos pelo ultimo, já que era mais fácil a locomoção pelo local que moramos.

A consulta foi marcada para o dia seguinte as 11h00min horas; ficamos na expectativa do parecer da Médica indicada e da seqüência do tratamento em si.

Se haveria o uso de novos medicamentos e alguns vestígios a mais, nas mãos e uma pequena pinta próximo à cirurgia?

Este Hospital nos trazia algumas lembranças, mencionadas em nosso Site, - Arnaldo Yole de Oliveira ( Resignação Diante da Dor...) e Airton Lourenço. – ambos de saudosa memória, este último, inúmeras vezes o levamos para fazer aplicação de Quimioterapia. Já se passaram quase trinta anos.

Conforme os combinados, no dia seguinte às dez horas, buscamos nossa filha, - Vanice. – que fez questão de nos acompanhar à consulta.

O percurso de onde moramos ao Hospital não demora muito, passando embaixo do viaduto da Avenida das Torres, se faz conversão à direita, e novamente a direita se atravessa sobre ele, no primeiro retorno já é o acesso ao Hospital.

Adentramos o estacionamento que agora é pago. Foi difícil achar uma vaga para estacionar.

Locomovemo-nos até entrada principal, nos dirigimos até secretaria e recepção, em uma ampla sala, com centenas de pessoas sentadas e de pé, aguardando para vários procedimentos.

A atendente nos deu a fixa número 30, logo chegaria a nossa vez, pois tinha somente duas pessoas na nossa frente. Admiramos-nos com a possível rapidez e pontualidade da consulta marcada para onze horas. - era perto de onze horas. - Pontualidade Britânica?

Ledo engano como veremos a seguir.

Pouco depois nos chamaram; foi preenchido um Prontuário com vários dados, inclusive Religião, escolaridade etc. Para evitar erros de letras, demos à atendente a Carteira de Motorista, que já consta RG e CPF. Após, fomos encaminhados a um corredor; pessoas sentadas e outras de pé, e uma jovem organizando o atendimento; começamos a entender, olhando a sequência da numeração das fichas, estava o número oito, portanto teria a nossa frente mais vinte e uma pessoas... Comentamos que a nossa consulta estava marcada para as onze horas, e constava o nome da médica, precisaríamos passar pela “triagem”? Respondeu que sim, que a consulta seria feita junto, por coincidência era a médica que constava no encaminhamento do Posto de Saúde. Esperamos, observamos, até chegar nossa vez. No mesmo local, funcionava uma sala para coleta de sangue; do nosso lado sentou uma senhora bastante idosa, quase sem nenhuma visão, iria coletar sangue para uma cirurgia, estava com bastante receio, pois também tinha problemas cardíacos, não sabia se poderia tomar anestesia geral. Estava bastante fragilizada; disse a ela que confiasse sobre tudo em Deus...

Até chegar a nossa vez, observamos; se ríssemos quadros em que a doença, atingia pessoas em diferentes locais. A princípio chocantes, porem, com causas que a maioria das vezes escapa a compreensão; já escrevemos resumidamente sobre o assunto, dando o nosso parecer, dentro de nossas limitações de entendimento.

Finalmente perto de uma hora da tarde, chegou a nossa vez, nos convidou a sentarmos; estamos diante da médica de Oncologia, de pequena estatura, frágil, de origem nissei, não questionei maiores detalhes sobre o nosso caso, pois já estaria cansada após atender mais de trinta pessoas, não quis ver os exames de sangue, lhe mostramos o resultado da biópsia. Não fez nenhum comentário elucidativo sobre as causas do problema; comentamos que trocávamos o curativo diariamente, com uso de soro fisiológico e loção cicratizante, deveria continuar com os procedimentos. Olhou rapidamente o curativo, retirando parte dele; minha filha a alertou sobre uma pequena pinta perto do local operado, disse que não tinha percebido; se mais tarde quiser operar, é bom, mas, não tem urgência.

Prescreveu um creme para as mãos, usar a noite durante três semanas, durante o dia filtro solar.

Iria aproveitar para marcar uma consulta com dermatologista. Consulta rápida, talvez cinco minutos, agradecemos e nos despedimos. Com exigir mais atenção de alguém que já atendera mais de três dezenas de pacientes?

Fomos Marcar a consulta no Cadastro Geral; não foi achado o nosso nome, com número do prontuário; minha filha retornou a médica, precisa da requisição do Posto, pois na mesma atendente colocara a caneta este número. Procurou, a ficha sumiu, verificou com duas pacientes se não a haviam levado por engano, não estavam com elas. Comentou que quando havia acionado o nosso nome no computador, não aparecia.

Foi conosco ao Cadastro Geral. Agradecemos a atenção pelo imprevisto, nos despedimos novamente. A encarregada com mais experiência, consegui descobrir o que houve; - o motivo da não localização de nosso nome. “Colocara o nome de nosso pai, como do atendido, pequenos erros, pequenas trocas”, mas que geraram bastante confusão...

Quando retornamos a nossa casa já eram duas horas da tarde.

E a consulta de Dermatologia? Ficou marcado para 25 de maio, as 07h30 minutos.

Enquanto isto, diariamente vamos ao Posto de Saúde, trocar o curativo, aguardando a melhora para que nossas atividades retornem a normalidade...

*Embora sabendo que não é correto referir-se a uma pessoa no plural, estamos fugindo da regra básica do Português, entretanto, acredito que os seres humanos se compõem de três princípios básicos; Alma, - quando estão reencarnados. – Periespírito, que dá forma ao Espírito, e a ao corpo físico, enquanto aqui estamos vivendo as experiências terrenas.

Nesta visão, não estamos totalmente errados quando, - se referindo a nós. – usamos o plural ao nos referirmos aos fatos com nossas vivências pessoais...

*A Santa de Misericórdia de Curitiba, teve sua origem em 1843... Sendo inaugurado pelo Imperador Dom Pedro II, naquele ano em 22 de maio. Em 1869 foi iniciada a construção do Hospital de Caridade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba; novamente na mesma data, em 22 de maio, só que 1880; agora com 160 leitos e o nosso dinâmico Imperador veio novamente inaugurá-la... Comentou que achava o local um pouco distante do centro da cidade; não sabemos se isto é um fato real ou estórias...

Algumas datas da Santa Casa retiramos do Google.

Curitiba, 20 de fevereiro de 2010, Reflexões do Cotidiano- Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 19/06/2016
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