Pequenas histórias 144

Esgoto-me na burguesia

Esgoto-me na burguesia paciente de rodar os sentimentos em várias direções sem ter um objetivo certo e aparente.

Saio todas as manhãs com a simples necessidade em acreditar no que poderá me suceder ou que mesmo venha eu provocar algo e, me desespero ao findar o dia, que tudo correu dentro da rotina massificante do prazer de apenas existir.

Quando o sol deita seus raios no horizonte das fragilidades, recolho-me dentro da redoma delicada de sentir, no fundo do copo, a saudade do que não tive e que um dia poderei, quem sabe, ter na totalidade.

Muito fiz e o que recolhi, está impregnado nos passos trôpegos, às vezes confiantes, onde recolho pedaço por pedaço do cristal partido a ferir minhas mãos.

Você não está nunca esteve acompanhando, processo por processo, toda a evolução intelectual social de um ser.

Você nunca foi esteio onde pudesse apoiar meus costados cansados de tanta incerteza e duvida.

O futuro é anunciando toda vez que o sol desponta acordando as manhãs.

pastorelli

Pastorelli
Enviado por Pastorelli em 19/06/2016
Código do texto: T5671859
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.