Desendênico Oriente

Desedênico Oriente!

O Oriente compara-o à floração do Ipê branco, quando suas algodoáceas flores encantam a todos. É uma pena que o mesmo não possa eu dizer dos homens que habitam esse mesmo Oriente!

O Éden deixou de sê-lo lá, em sua histórica e bíblica geografia, para se transformar em um dos palcos mais violentos de guerras intermináveis. Há entre os seus homens, ofensivos exterminadores, insurretos crônicos, dor e morte.

O Hesbolah parece-me ser o “boi de piranhas”. Nas terras mais santas do planeta. E justamente nela onde florescem o inferno mais feroz e as idéias mais odiosas que a humanidade já conheceu. Tempestadeiam, lá o desamor e o infortúnio. É nela onde o homem mais se aproxima de sua involução e é mais bruto.

A rotina do Oriente oferta pavor e tudo parece crescer em favor da guerra e do domínio, selvagerizando-se a vida e remetendo-a ao mais vil escravagismo. O pecado é moeda comum de achar-se.

E, enquanto a guerra é a palavra forte que se pronuncia por aquelas bandas, o homem-bomba continua a ser a maior vergonha humana. Indefensável, inimitável aos outros orientes – o maior assombro que a razão humana fenotipou um dia, em forma de maldade absoluta, e que, infelizmente, ainda não chegou ao seu fim.

Na planura silenciosa de seus desertos, o homem argúi a sua própria alma e cultiva o ódio. Em nome de Deus chama a guerra e destrói vidas. Nesse aparato mentiroso e desumano, o tempo assiste ao desmantelamento de um povo que não quer mudar.

Certamente que há, entre milhões deles, tantos outros que não apreciam nem defendem esse monstruoso jeito de viver. As fronteiras são pavios da morte e o trânsito através delas, um exercício feroz e quase sempre mortal.

A criação divina pôs caminhos ali por onde os homens deveriam carregar sua santidades. O tempo desses homens mudou o tempo Deus e, tais quais os leões das arenas da Roma antiga, devoram-se uns aos outros.

Acho que um pouco de poesia diluiria todo esse mal - entendido todo. É que a cultura islâmica é bem diferente da nossa. Eu, como Cônsul em Alagoas dos “Poetas del Mundo,” careço registrar nesta crônica o meu respeito a todo e qualquer ato de violência, a saber, como mote da hora presente, os descaminhos que nossos irmãos orientais têm tomado para conduzir suas almas.

Não mais haverá em Paris o encontro mundial dos “Poetas del Mundo”. O que tão magnificamente aconteceu recentemente no Oriente, não poderá ser visto na França. Melhor para o Brasil e, especialmente para Natal – nesta cidade bela acontecerá o congresso mundial dos “Poetas del mundo” em 2008.

E avante com a poesia esse remédio doce e barato para reciclar as almas de todas as partes do mundo. A poesia, certamente seria a melhor arma usada pelos homens-esperança, tão diferentemente daqueles outros, homens-bomba!