A Força da Mulher no IBAMA

A Mulher é a obra-prima da criação divina, cheia de beleza e encantos.

A robustez, grossura e aspereza masculinas foram substituídas na gênese feminina por outras características. Ela foi agraciada com curvas generosas, maior sensibilidade, intuição e fineza.

Nessa aparente delicadeza, ternura e fragilidade Deus moldou um coração generoso e uma alma forte e vibrante, tornando-a capaz de enfrentar desafios incríveis.

Não tenho dúvidas de que dentre todos os órgãos federais, o IBAMA é o maior campo fértil em desafios para um profissional e (por tal razão!) é a melhor instituição para que as mulheres possam mostrar seus dons e talentos.

Mesmo sendo uma instituição com amplo e qualificado corpo técnico, o IBAMA não conta com pesquisas e análises mostrando o papel das mulheres nas conquistas e avanços institucionais.

Eu tomei a liberdade de organizar algumas informações que mostram os exemplos de mulheres valorosas que se destacaram, marcando positivamente a história desse Instituto Federal.

A ASIBAMA é recheada de exemplos da força feminina, pois as maiores conquistas na Carreira dos profissionais da área ambiental contam com a digital delas. A companheira Miriam Parente, Marisia Dias Oliveira, Ana Maria Cruz, Lindalva Cavalcanti, Ariana Arimura, Maria Goretti Pinto e Ivone Fecury Marinho são alguns nomes de Brasília. Entretanto, por todo país existem inúmeras representantes que lutam intensamente pela valorização da Agenda Ambiental, como por exemplo: Roberta Graf do ICMBIO/Acre, Vera Élen Nascimento Freitas do CEPTA/SP e Cecília Barbosa no Rio de Janeiro.

Nos cargos de nomeação efetiva a lista cresce bastante. Reuni informações e curiosidades para mostrar a presença feminina na história do IBAMA tomando como referência a Presidência, Chefia de Gabinete, Assessoria de Comunicação, Diretorias e Superintendências Estaduais.

Desde que foi criado em 1989 o IBAMA conta com 24 profissionais na sua Presidência. Os demais cargos em questão tiveram aproximadamente o mesmo quantitativo de nomeações, mas com número de profissionais um tanto menor, o que se justifica pelo fato de serem constantemente ocupados por servidores de carreira, que vez ou outra são reconduzidos aos cargos.

A Chefia de Gabinete é o departamento que, desde 1989, melhor foi agraciado com a beleza e competência femininas. Dez homens foram nomeados Chefes de Gabinete e 7 Mulheres estiveram por diferentes períodos, algumas reconduzidas ao cargo por duas ou três vezes, nessa tarefa de Gerenciar o Gabinete da Presidência do IBAMA, a saber: Maria Cecília Lopes, Paula Frassinete Borges de Lima, Eleonora Galvarros Bueno Ribeiro, Marisa Rotenberg, Inah Simonetti Guatura, Benita Maria Monteiro Mueller Rocktaeschel e Nedir Camilo de Oliveira Ferreira.

Na Assessoria de Comunicação do IBAMA temos 9 nomes em destaque: Silvia Correa de Faria, Flavia Pires Torreão, Beth Fernandes, Ana Márcia Seraphin, Cristina Bravo Esteves Fraga, Solange Teresinha Fripp Coelho, Marcia Beatriz Turcato Heinglemann, Rose Mey Carneiro e Sandra Sato. Além delas, 12 homens também passaram por lá.

Historicamente, as Diretorias do IBAMA são domínio masculino. Desde o começo, elas foram quase que unanimemente ocupadas por homens. Desde 1989, o organograma do Instituto mudou duas vezes (em 2002 e 2006), contudo a presença feminina no cargo máximo das Diretorias é praticamente exceção em todas as áreas.

A Diretoria de Planejamento Administração e Logística - DIPLAN (anteriormente denominada DIRAF) passou 26 anos sem nenhuma mulher. Somente com a nomeação da Anna Flávia de Senna Franco essa realidade mudou. No entanto, cabe destacar que em inúmeros departamentos da DIPLAN a liderança feminina é uma constante.

A Diretoria de Proteção Ambiental - DIPRO (antiga DIRCOF) é proporcionalmente a Diretoria com menor participação feminina no seu quadro funcional e em alguns de seus postos de comando (chefias, coordenações e assessorias). Um fato interessante é que nos primeiros anos de criação do IBAMA a realidade era diferente, pois as duas primeiras Diretoras e diversas coordenações e assessorias foram ocupadas por mulheres. Sueli Monteiro São Martinho e Marília Marreco Cerqueira tiveram papel primordial na condução dos trabalhos da DIRCOF, entre 1989 e 1992. Outra curiosidade: a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira passou pela DIRCOF nesse período, marcando história como uma das pioneiras na fiscalização; e a ex-presidente do IBAMA, Nilde Lago Pinheiro, no começo da década de 90 atuou ao lado dos técnicos e fiscais da DIRCOF em trabalhos de reflorestamento da Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

A Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas - DBFLO (antiga DIREN), desde sua criação em 1989, conta com 18 profissionais nomeados, sendo apenas 2 mulheres: Hanry Alves Coelho e Ana Alice Biedzicki de Marques.

A Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC), desde sua criação em 2002, conta com 10 profissionais nomeados, sendo 2 mulheres: Gisela Dam Forattini e Rose Mirian Hofmann.

A Diretoria de Qualidade Ambiental (DIQUA), desde sua criação em 2007, conta com 7 profissionais nomeados, sendo 3 mulheres: Sandra Regina Rodrigues Klosovski, Ana Cristina Rangel Henney e Jacimara Guerra Machado.

Algumas Diretorias do IBAMA foram extintas nas mudanças de Organograma, sendo incorporadas pelas demais ou transferidas para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). Todas elas têm em seu histórico a presença feminina, com contribuições significativas. A Neli Aparecida de Mello-Théry foi Diretora de Incentivo à Pesquisa e Divulgação (DIRPED), a Sandra Regina Rodrigues Klosovski foi Diretora de Gestão Estratégica (DIGET) e a Cecília Foloni Ferraz Diretora de Ecossistemas (DIREC).

Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo é a 6ª Mulher na Presidência do IBAMA. Nos anos 90, quatro mulheres ocuparam esse posto: Tânia Maria Tonelli Munhoz, Maria Tereza Jorge Pádua, Nilde Lago Pinheiro e Marília Marreco Cerqueira. Em 2015, Marilene de Oliveira Ramos Múrias dos Santos foi indicada para estar à frente do Instituto, após longo ciclo de 17 anos de dominação masculina. Com a nomeação de Suely Araújo, em maio de 2016, pela primeira vez uma mulher sucedeu outra nesse importante cargo.

Cada uma dessas profissionais tem perfis e trajetórias diferenciadas. Todas elas deixaram recordações marcantes em suas gestões.

A nomeação de Suely Araújo é muito recente, mas ao compor sua equipe ela trouxe uma marca inusitada consigo. Pela primeira vez o IBAMA terá quatro Diretorias femininas: Ana Alice Biedzicki de Marques na DBFLO, Rose Mirian Hofmann na DILIC, Anna Flávia de Senna Franco na DIPLAN e Jacimara Guerra Machado na DIQUA. É uma mudança significativa, que certamente influenciará os novos rumos da gestão ambiental federal.

Se por um lado as mulheres se tornaram presença marcante no alto escalão do IBAMA em Brasília, a situação nos Estados tem demonstrado uma prevalência do patriarcado.

A maioria das 27 Superintendências Estaduais do IBAMA tiveram somente uma ou duas mulheres na sua condução. Infelizmente, desde 1989 até hoje, cerca de um terço dos Estados não conta com nenhuma mulher nomeada ao cargo de Superintendente Estadual.

Como foi dito, o IBAMA é um órgão cheio de desafios! O que desejamos muito é que a nova equipe possa trabalhar intensamente promovendo melhorias significativas para fortalecimento da Política Ambiental, e que tais benefícios e aprimoramentos alcancem todos os setores do IBAMA, em Brasília e também nos Estados!!!

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Palmas - TO, Junho de 2016.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187

Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 15/06/2016
Reeditado em 13/09/2016
Código do texto: T5668266
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